Ibovespa tem alta discreta com apoio de Petrobras Por Reuters

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – A Bolsa fechou com alta tímida nesta segunda-feira, em mais uma sessão de volume reduzido, com o desempenho robusto das ações da Petrobras após anúncio de alta no preço da gasolina prevalecendo sobre a queda das ações da Vale e do Banco de Brasil.

Índice de referência para o mercado acionário brasileiro, o Ibovespa registrou variação positiva de 0,22%, aos 126.548,34 pontos, confirmando o sexto pregão consecutivo fechando no azul, após marcar 125.613,54 pontos na mínima e 126.551,30 pontos na máxima. sessão.

O volume financeiro totalizou 19,25 bilhões de reais, de uma média diária do ano de 23,6 bilhões de reais.

Na visão de Gabriel Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval (BVMF:), o mercado refletiu nesta sessão o clima de espera dos agentes financeiros pela divulgação dos dados de inflação, bem como pelos discursos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell , durante a semana.

Na agenda macro, as atenções estarão voltadas principalmente para o IPCA de junho, na quarta-feira – no cenário doméstico – e para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos de junho, na quinta-feira – no cenário externo.

Segundo economistas do Bradesco (BVMF:), o IPC nos EUA pode intensificar a percepção dos mercados de que o ciclo de corte das taxas de juros do Fed começará em setembro.

Powell, por sua vez, falará na terça-feira perante o Comitê Bancário do Senado dos EUA, em seu comparecimento semestral no Congresso dos EUA, que também inclui depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes na quarta-feira, ambos agendados para começar às 11h ( horário de Brasília).

DESTAQUES

– PETROBRAS PN (BVMF:) avançou 2,45%, após anunciar aumento no preço de venda da gasolina às distribuidoras. O UBS BB avaliou que, além do efeito positivo no fluxo de caixa, a decisão sinaliza o compromisso da empresa em continuar seguindo os benchmarks internacionais, mesmo que com algum atraso.

– VALE ON (BVMF:) caiu 0,79%, afetado pela queda nos contratos futuros na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o pregão do dia com queda de 3,3%. No setor, a CSN (BVMF:) MINERAÇÃO ON caiu 2,76%.

– WEG ON (BVMF:) subiu 5,4%, endossada por relatório do Bank of America (NYSE:) elevando a recomendação da ação de “compra” e o preço-alvo de 44 para 52 reais, citando entre os argumentos para decisão espera um resultado positivo revisão das margens nos próximos trimestres.

– BANCO DE BRASIL EM (BVMF:) caía 1,65% com o relatório do Itaú BBA cortando a recomendação de “market-perfom” no radar, enquanto o BTG PACTUAL (BVMF:) UNIT, que também teve seu rating reduzido para “market perform” fechou com queda de 0,55%.

– AZUL PN (BVMF:) avançava 4,99%, ainda sensível às expectativas de um possível acordo com a Gol (BVMF:). A GOL PN, que não faz parte do Ibovespa, subiu 4,24%. Na sexta-feira, o Valor Econômico informou, citando fontes, que a Azul quer lançar uma proposta de combinação de negócios com a Gol no prazo de três meses.

– MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:) caiu 5,84%, mesmo com acomodação nas taxas de juros futuras, com outras ações de empresas sensíveis à economia nacional também no lado negativo do Ibovespa, como MRV&CO ON (BVMF:), que fechou em queda de 2,44% e LOJAS RENNER ON (BVMF:), que perdeu 1,87%.

– 3R PETROLEUM ON (BVMF:) encerrou com queda de 1,4%, com o anúncio de memorando de entendimento com a PetroReconcavo (BVMF:) para avaliar o compartilhamento de infraestrutura na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. PETRORECONCAVO ON também perdeu força e caiu 0,67%.

– ZAMP ON (BVMF:) caiu 8,7%, refletindo os temores dos investidores sobre a proposta da empresa de aumento de capital de até 450 milhões de reais, a 3,42 reais por ação.