Após alta específica pela manhã, o dólar à vista permaneceu em baixa ao longo da tarde no mercado interno, refletindo a queda da moeda americana no exterior, na esteira do resultado da folha de pagamento de junho, e novos sinais vindos do governo de compromisso com metas fiscais.
Com máxima de R$ 5,5342 e mínima de R$ 5,4603, o dólar à vista encerrou o pregão com queda de 0,44%, cotado a R$ 5,4623, menor valor de fechamento em dez dias. Foi a terceira sessão consecutiva de queda da moeda americana, que encerrou a semana com desvalorização de 2,25%. Do pico de R$ 5,6648 no fechamento desta terça-feira, 2, até o fechamento do pregão de hoje, o dólar caiu 3,57%.
Apesar da onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior, em semana marcada por dados mais amenos de atividade e emprego nos EUA, a valorização do real é atribuída, sobretudo, à tentativa do governo de recuperar a confiança na política econômica. Foi a primeira perda semanal do dólar após seis semanas consecutivas de valorização.
“O real foi a melhor moeda entre os mercados emergentes nesta semana, principalmente quando se olha para os pares latino-americanos. Isso vem da mudança na sinalização do governo em relação à questão fiscal”, afirma o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa. “Se o governo confirmar as medidas de corte, a tendência é de valorização e o dólar voltará ao patamar entre R$ 5,30 e R$ 5,40.”
Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se absteve de criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e deu sinais de apoio à agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad com diversas declarações a favor do compromisso fiscal . Na noite de quarta-feira, após reunião de Lula com Haddad e outros ministros, o governo informou que identificou R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias que poderiam ser cortadas do Orçamento de 2025. A perspectiva também é de anunciar um bloqueio de recursos.
Os mínimos ocorreram à tarde, depois que o Broadcast publicou que o presidente Lula endossou a linha de ação do Ministério da Fazenda. Um interlocutor de alto escalão da equipe econômica relatou que a determinação do presidente era clara: respeitar os limites do marco e buscar as medidas necessárias para cumprir a regra em 2024 e 2025. As revisões de gastos que tenham impacto de médio e longo prazo devem ficar para mais tarde. No início da tarde, em evento em Osasco (SP), Lula já havia reforçado seu compromisso com a meta fiscal, contribuindo para a troca do cifrão.
“A casa estava muito bagunçada, com Lula falando coisas que aumentaram o medo do descontrole fiscal. Provavelmente ele foi aconselhado a mudar de tom e ter mais cuidado porque estava causando uma reação muito forte no mercado”, diz o economista-chefe no Banco DTW, Luciano Simões, para quem o dólar, apesar do alívio nesta semana, não voltará mais abaixo de R$ 5,40 no curto prazo.
No exterior, o índice – termômetro do comportamento do dólar em relação às moedas fortes, principalmente o – operou com queda moderada, abaixo dos 105 mil pontos, e encerrou a semana com queda de quase 1%. O dólar caiu em comparação com a maioria das moedas emergentes e exportadores de commodities, num dia de queda firme nas taxas do Tesouro.
Os dados do relatório de emprego (folha de pagamento) de junho nos EUA endossam a perspectiva de acomodação no mercado de trabalho americano, o que sugere espaço para cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve neste ano. Foram criadas 206 mil vagas em junho, um pouco acima da mediana das Projeções da Broadcast (200 mil). Mas houve uma revisão em baixa dos números de maio (de 272 mil para 218 mil) e de abril (de 165 mil para 108 mil). Além disso, a taxa de desemprego subiu de 4% para 4,1%. O monitoramento do CME Group mostrou que as chances de cortes de juros nos EUA em setembro, que já estavam acima de 70%, ultrapassaram 77%.
Segundo o economista-chefe do Banco Fibra, Marco Maciel, os dados da folha de pagamento confirmam a “acomodação” do mercado de trabalho esperada pelo Comitê de Política Monetária do Fed (Fomc). “Juntamente com os dados de inflação mais fracos para Abril e Maio, a desaceleração do emprego e da criação de empregos cria condições para o Fomc reduzir a Taxa dos Fed Funds em 25 pontos base pelo menos duas vezes em 2024”, diz Maciel.
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