O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, prometeu, nesta segunda-feira (24), em Washington, que serão feitos “todos os esforços” para trazer de volta os reféns mantidos em Gaza e pediu uma cooperação estreita com os Estados Unidos após tensões na relação bilateral.
Gallant reuniu-se com o chefe da agência federal da CIA, Bill Burns, o homem-chave dos Estados Unidos nas negociações para libertar reféns do movimento islâmico palestino Hamas, e mais tarde conversou com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
“Gostaria de enfatizar que o principal compromisso de Israel é devolver os reféns, sem exceção, às suas famílias e casas”, disse Gallant antes do início das reuniões.
“Continuaremos a fazer todos os esforços possíveis para trazê-los para casa”, disse ele.
Em 31 de maio, o presidente americano Joe Biden apresentou um plano para um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns, antes das negociações para pôr fim ao conflito de Israel com o Hamas.
O grupo islâmico, que desencadeou o conflito com o seu surpreendente ataque a Israel em 7 de Outubro, fez valer as suas próprias exigências e os Estados Unidos esperam poder colmatar as diferenças existentes.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que enfrentou grandes protestos exigindo que ele aceitasse o acordo, irritou o governo Biden nos últimos dias ao acusar Washington de interromper as entregas regulares de armas e munições.
Mas Gallant assumiu uma postura diferente na segunda-feira. “A aliança entre Israel e os Estados Unidos, liderada pelos Estados Unidos durante muitos anos, é extremamente importante”, comentou.
Além das próprias forças armadas de Israel, “nossos laços com os Estados Unidos são o elemento mais importante para o nosso futuro do ponto de vista da segurança”, disse ele.
Biden, criticado pela sua própria base pelo seu firme apoio a Israel, reteve um carregamento que incluía bombas pesadas pesando 2.000 libras (mais de 900 quilogramas).
Mas as autoridades norte-americanas dizem que Washington tem mantido um fluxo constante de entregas de armas.
Gallant também deverá se reunir em Washington com o secretário de Defesa Lloyd Austin, o alto funcionário da Casa Branca Brett McGurk e Amos Hochstein, que está focado nas tensões sobre o Líbano.
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