Horas depois de as autoridades dos Estados Unidos alertarem que o Irão planeava realizar um ataque massivo contra Israel esta terça-feira, cerca de 200 mísseis balísticos foram lançados a partir do território iraniano contra o Estado judeu.
A ofensiva marcou uma escalada acentuada no conflito de longa data entre os dois países – e deixou os civis em alerta. Sirenes de ataque aéreo soaram em todo o país, inclusive em grandes cidades como Jerusalém e Tel Aviv, e fortes explosões foram ouvidas em toda a região.
Em seus celulares, os moradores receberam ordens de procurar abrigos antiaéreos, onde permaneceram por quase uma hora até que fosse emitido o sinal verde para a saída.
À Globo, o brasileiro Rafael Zimmerman, que sobreviveu ao ataque inédito do grupo terrorista Hamas no sul de Israel, no dia 7 de outubro, disse ter vivido os ataques de terça-feira.
De volta a Israel há menos de uma semana, ele relatou ter passado dias de tensão no país, que no mês passado intensificou os confrontos contra o grupo xiita Hezbollah no Líbano.
A escalada foi tal que o próprio Estado Judeu e a organização político-militar libanesa reconheceram que a guerra na região, iniciada na Faixa de Gaza há quase um ano, tinha atingido uma “nova fase”.
— Começou de manhã com as sirenes. Durante o dia relataram que o Irã atacaria a qualquer momento, e então no início da noite houve um ataque terrorista em Tel Aviv, até agora com oito pessoas confirmadas como mortas, [sendo seis civis e os dois atiradores] disse Zimmermann.
— Logo depois, [recebemos] a mensagem de alerta máximo pedindo-nos para irmos ao bunker devido ao risco de nossas vidas. [Na sequência]soaram sirenes e barulho de explosões de mísseis — acrescentou, que estava no abrigo com outros dois amigos brasileiros.
Zimmerman afirmou que existe um clima de tensão na região — e que, embora a população local já esteja ciente da relação de apoio do Irão com grupos como o Hamas e o Hezbollah, “um ataque direto desta magnitude assustou a todos”.
Nos cinco dias que passou no país desde que chegou de viagem, disse ele, ouviu as sirenes tocarem com frequência e teve que procurar abrigo no bunker “algumas vezes”. A situação é especialmente traumática para o brasileiro porque o lembra do sofrimento que viveu durante a edição israelense do festival Universo Paralello, atacado por terroristas do Hamas.
Naquele dia, quando começaram os primeiros sinais da invasão, ele decidiu se abrigar em um bunker próximo. O local, projetado para cerca de 15 pessoas, acumulava mais de 40. Destes, apenas nove sobreviveram.
Ele disse que fingiu estar morto enquanto terroristas atiravam e jogavam granadas, coquetéis molotov e gás dentro do prédio. Ao fundo, ele ouviu as risadas dos membros do Hamas, que também gritavam repetidamente o termo “Allahu Akbar” (Deus é Grande). Ao lado dele estavam as brasileiras Rafaela Treistman e Ranani Glazer, uma das 1.200 vítimas assassinadas durante o ataque.
— Meu maior medo é ter um ataque terrestre, por tudo que passei lá — disse Zimmerman nesta terça.
Veja também
México
O novo presidente do México promete respeitar as liberdades e o investimento privado
arma corpo a corpo
Dono de bar é esfaqueado em seu estabelecimento, em Paulista; criminoso fugiu do local
qual banco com menor taxa de juros para emprestimo
empréstimos banco do brasil simulador
empréstimo usando bolsa família
empréstimo descontado do salário
empréstimos para bpc loas
emprestimo descontado do salario
redução de juros de emprestimo consignado
consignado inss taxas
emprestimo consignado melhores taxas