Em seu último compromisso na 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nesta quarta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano.
“É importante lembrarmos que no Líbano o número total de mortes é de 620 pessoas. É o maior número de mortes desde a guerra civil que durou entre 1975 e 1990. É importante lembrar também que 94 mulheres e 50 crianças morreram, 2.058 pessoas ficaram feridas e 10 mil pessoas foram obrigadas a recuar e esvaziar suas casas”, disse Lula. disse em uma coletiva de imprensa.
Ele lembrou que muitas pessoas já morreram na Cisjordânia, com 5.700 feridos.
“Além do que chamo de genocídio na Faixa de Gaza. É importante lembrar que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi julgado pelo Tribunal Internacional que julgou Vladimir Putin e é condenado da mesma forma que Putin. É importante lembrar que já foram feitas várias discussões aqui no Conselho de Segurança da ONU, foram aprovadas várias tentativas de paz e de cessar-fogo e que não está a cumprir”, acrescentou.
Para o presidente, os países que apoiam o discurso do primeiro-ministro Netanyahu precisam começar a fazer um esforço maior para deter esse genocídio porque o mundo está numa situação de um lado cuidar do planeta para ter melhor qualidade de vida e reduzir os gases do efeito estufa , e por outro lado seres humanos matando uns aos outros.
“Portanto, condeno veementemente este comportamento do governo israelita, pois tenho a certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com este genocídio. Também lutamos para libertar os reféns do Hamas. Não faz sentido fazer reféns pessoas inocentes. É importante que o Hamas contribua para que haja mais eloquência na libertação dos reféns. Acho que a humanidade não pode conviver e aceitar como normal o que está acontecendo em Israel, na Faixa de Gaza, no Líbano, na Cisjordânia”, disse Lula.
Lula reiterou a posição do Brasil sobre a necessidade de renovar as Nações Unidas para que esta possa resolver os conflitos que estão à deriva porque não há governança global no mundo.
“Se não renovarmos a ONU, proporcionando mais representação de mais continentes, a geopolítica de hoje é diferente da de 1945, a importância dos países também é diferente, mais ou menos. Então o que defendemos é que haja uma nova geopolítica para que possamos ter todos os continentes representados na ONU, inclusive no Conselho de Segurança, acabando com o direito de veto e aumentando o poder de comando das Nações Unidas”, afirmou o presidente.
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