O chefe do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, reconheceu nesta quinta-feira (19) que a explosão de aparelhos de comunicação pertencentes a membros desta formação pró-Irã, que atribuiu a Israel, foi um “duro golpe”, pelo qual prometeu uma “punição justa”.
Nasrallah denunciou um “massacre” que pode ser considerado “uma declaração de guerra”, no seu primeiro discurso desde as explosões de terça e quarta-feira de pagers e walkie-talkies em redutos do Hezbollah no Líbano, que deixaram 37 mortos e quase 3.000 feridos.
O líder do movimento afirmou que Israel enfrentará “duras represálias e punições justas, tanto onde espera como onde não espera”.
Durante o seu discurso na televisão, aviões israelitas sobrevoaram Beirute, quebrando a barreira do som.
As explosões simultâneas de centenas de pagers, dispositivo de comunicação usado pelo Hezbollah, mataram 12 pessoas na terça-feira e, na quarta-feira, outras 25 morreram em explosões de walkie-talkies, segundo relatórios do Ministério da Saúde libanês.
O Hezbollah indicou que 25 dos seus membros morreram nestas explosões. Em seu discurso, Nasrallah disse que “o inimigo queria matar nada menos que 5.000 pessoas”.
Israel não comentou estas explosões, mas o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, declarou na quarta-feira que o “centro de gravidade” da actual guerra contra o movimento palestiniano Hamas em Gaza está a mover-se “para norte”, em direcção à fronteira com o Líbano.
O Exército israelita e o Hezbollah – aliado do Hamas – têm trocado tiros quase diariamente nesta zona desde o início do conflito em Gaza, há mais de onze meses, que provocou a deslocação de dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira. .
Até “o fim da agressão em Gaza”
Nasrallah prometeu que a luta do Hezbollah contra Israel “não terminará até que termine a agressão em Gaza”, apesar de “todo esse sangue derramado”.
Yoav Gallant, por sua vez, garantiu que as “ações militares” israelenses contra o Hezbollah “continuarão”.
Anteriormente, o exército israelita anunciou que tinha bombardeado seis “locais de infra-estruturas terroristas” e um depósito de armas do Hezbollah no sul do Líbano, bem como um depósito de armas.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANI) informou sobre os bombardeios israelenses em várias cidades do sul.
O Exército israelense relatou a morte de dois de seus soldados em combates perto da fronteira.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, apelou à ONU para adoptar na sua reunião de sexta-feira, onde está agendada a discussão destes ataques, “uma posição firme para parar a agressão israelita contra o Líbano e a guerra tecnológica que está a ser travada”. .
Segundo Charles Lister, especialista do Instituto do Médio Oriente, a Mossad, o serviço de inteligência estrangeiro israelita, “infiltrou-se na cadeia de abastecimento do Hezbollah” para desencadear as explosões em dispositivos de comunicação.
Uma investigação preliminar das autoridades libanesas descobriu que “os dispositivos foram pré-programados para explodir e continham materiais explosivos colocados ao lado da bateria”, disse um oficial de segurança à AFP.
“Vontade política”
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, apelou esta quinta-feira em Paris a uma “desescalada” no Médio Oriente.
“Não queremos ver qualquer escalada de nenhuma das partes” que comprometa o objetivo de um cessar-fogo em Gaza, declarou Blinken após reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pela incursão letal de comandos do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, que matou 1.205 pessoas, a maioria civis, segundo um inquérito da AFP baseado em dados oficiais israelitas.
Dos 251 sequestrados durante a incursão, 97 permanecem presos em Gaza, dos quais 33 foram declarados mortos pelo Exército israelita.
Os bombardeamentos e operações terrestres israelitas destruíram o território palestiniano e causaram a morte de pelo menos 41.272 palestinianos, a maioria deles civis, segundo dados do Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas, que a ONU considera fiáveis.
Veja também
Comida
Ovos: quantos são recomendados por dia e quantos aumentam o colesterol?
EUA
Zelensky se encontrará com Joe Biden e Kamala Harris na Casa Branca em 26 de setembro
qual banco com menor taxa de juros para emprestimo
empréstimos banco do brasil simulador
empréstimo usando bolsa família
empréstimo descontado do salário
empréstimos para bpc loas
emprestimo descontado do salario
redução de juros de emprestimo consignado
consignado inss taxas
emprestimo consignado melhores taxas