“Ficámos com muito medo!”, relata com lágrimas nos olhos Maria Ribeiro, uma reformada que vive em Albergaria-a-Velha, uma vila em Portugal ameaçada por grandes incêndios florestais que deixaram três mortos e destruíram cerca de 10 mil hectares.
Portugal mobilizou esta terça-feira (17) mais de 3.700 bombeiros, depois de ter pedido na segunda-feira a outros países europeus que controlassem os incêndios que destruíram em três dias mais terrenos do que todos os incidentes registados durante o verão (norte), segundo um balanço da proteção civil.
Os maiores incêndios atingiram a região de Aveiro e foram especialmente destrutivos em aldeias próximas do concelho de Albergaria-a-Velha.
“Queimaram todos os meus terrenos (…) tive sorte de a minha casa não ter sido atingida”, disse aos prantos Ribeiro, uma mulher de 82 anos, residente na cidade de Busturenga, ligada ao concelho de Albergaria- a-Velha.
“Ficamos com muito medo (…) ninguém veio nos ajudar”, disse ele.
Em todo o país, há cerca de 50 focos activos e cerca de 1.000 veículos mobilizados, além de vinte aviões e helicópteros.
Como as autoridades pediram ajuda aos países vizinhos, o Canadair enviado por Espanha juntou-se ao dispositivo e, durante o dia, espera-se que chegue ajuda de França, Itália e Grécia.
Um dos mortos era um brasileiro de 28 anos que trabalhava numa empresa florestal em Albergaria-a-Velha.
Maria do Carmo Carvalho, 70 anos, aguarda impacientemente a chegada dos serviços de urgência.
“Nunca vi nada parecido”, disse ele, com os olhos irritados pela fumaça, depois de tentar combater as chamas na segunda-feira com a ajuda de sua família para salvar suas aves.
As chamas se espalharam muito rapidamente, estimuladas por ventos fortes e temperaturas superiores a 30ºC e deixaram um rastro de árvores carbonizadas, arbustos queimados e o chão manchado de preto.
“Nunca vi nada parecido”
O país está em “alerta máximo” para incêndios desde o fim de semana, mas a situação agravou-se na segunda-feira e os incêndios deixaram pelo menos 40 feridos, incluindo 33 bombeiros, segundo o último relatório das autoridades.
Os moradores dizem que não viam um incêndio dessa magnitude há mais de 20 anos.
“Refugiei-me em minha casa. Nunca vi nada parecido. O fogo cercou a cidade e os aviões não puderam voar por causa da fumaça”, relatou Maria Fátima, uma mulher de 67 anos.
Os especialistas indicam que o aumento das ondas de calor, bem como o aumento da sua duração e intensidade, são consequências das alterações climáticas.
A Península Ibérica é uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento global, e o clima quente e a seca favorecem a propagação de incêndios.
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