Forças de segurança venezuelanas cercaram a embaixada diplomática argentina na Venezuela, na noite desta sexta-feira, 6, em um aparente movimento para revogar a autorização de custódia brasileira sobre a sede, denunciaram opositores do regime chavista.
A embaixada do Brasil em Caracas assumiu a custódia da sede diplomática no início de agosto, depois que Nicolás Maduro expulsou diplomatas argentinos do país. O Itamaraty informou que não foi notificado oficialmente pelo regime venezuelano sobre o movimento.
Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional da líder da oposição María Corina Machado, informou nas redes sociais que patrulhas encapuzadas e armadas e funcionários do Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (Sebin), principal agência de inteligência da Venezuela, e da Diretoria de Estratégica e Tática (Daet ), cercou a sede diplomática, protegida pelo direito internacional.
“São nove e meia da noite, você vê o grande grupo de agentes de segurança que atualmente cerca a sede da Embaixada da Argentina em Caracas, que está sob custódia do governo do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva”, diz Urruchurtu Noselli em um vídeo.
Há também relatos de corte no serviço elétrico da Embaixada da Argentina.
Seis adversários da equipe de Corina Machado, entre eles Urruchurtu Noselli, estão asilados na representação diplomática argentina desde o dia 20 de março. Ao assumir a custódia da sede diplomática, a embaixada brasileira também assumiu a proteção dos opositores, a integridade física do prédio e dos documentos, além de poder atuar de dentro da embaixada.
Em julho, requerentes de asilo denunciavam um cerco da polícia bolivariana às instalações do edifício. Houve também cortes de eletricidade e água, segundo a oposição.
Caracas rompeu relações diplomáticas com a Argentina, bem como com outros seis países latinos, “em rejeição às ações e declarações intervencionistas” destes governos depois de a autoridade eleitoral venezuelana ter proclamado a reeleição de Maduro.
Itamaraty não foi notificado
Ao Estadão, o Itamaraty informou que ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão de revogação de Caracas. “Não podem revogar unilateralmente e deixar vazio”, declarou o assessor do departamento ao Estadão. “Se quiserem revogar, têm que definir um substituto, que seja aceito pela Argentina, não há chance de vácuo.”
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, confirmou à jornalista venezuelana Carla Angola que Maduro revogou a autorização para o Brasil e declarou que Sebin cercou o local “com o objetivo de entrar e violar todas as regulamentações internacionais”.
“Este é um apelo a toda a comunidade internacional, a todos os venezuelanos, para resistirem a esta brutalidade do regime absolutamente autoritário e ditatorial de Maduro. Nós, argentinos, estamos absolutamente determinados a não permitir interferências na nossa embaixada”, declarou o ministro argentino.
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