Um homem americano de 18 anos perdeu os movimentos do pescoço para baixo após ter complicações da febre do Nilo Ocidental. John Procter VI, de St. Louis, Missouri, contraiu a doença após ser picado por um mosquito e contrair o vírus do Nilo Ocidental.
Os sintomas, segundo o pai do jovem, começaram com dores de cabeça e tonturas das quais o menino se queixou na semana do dia 8 de agosto. Ao ser levado ao hospital, o médico disse que John estava sofrendo de dor de cabeça tensional e desidratação, e recomendou que ele apenas descansasse um pouco.
Mas os sintomas não desapareceram. Quando o menino começou a vomitar “violentamente”, como descreveu seu pai, decidiu levá-lo de volta ao hospital, onde foi diagnosticado com um “vírus estomacal”, tratado e liberado.
John, no entanto, começou a falar mal e a exibir um comportamento letárgico.
— Reconheci que ele estava com algum tipo de sofrimento e acreditei que ele estava tendo um derrame. Só peguei ele e levei até o carro — explica o pai.
Colocado nos cuidados intensivos de um hospital, John Procter foi finalmente diagnosticado com Febre do Nilo Ocidental, transmitida por mosquitos infectados e sem vacina ou tratamento específico. As complicações dos casos da doença são raras.
Agora, o jovem continua paralisado do pescoço para baixo e respira com ajuda de máquinas.
O que é a febre do Nilo Ocidental?
A doença é transmitida pela picada de um mosquito infectado. Normalmente, o vetor é o inseto do gênero Culex (pernilongo).
No Brasil, um estudo realizado pela Fiocruz detectou pela primeira vez o vírus do Nilo Ocidental em Minas Gerais e confirmou a circulação viral no Piauí e em São Paulo. As amostras positivas foram coletadas de cavalos que adoeceram entre 2018 e 2020. O vírus normalmente é encontrado no interior, em áreas com muita vegetação.
Os hospedeiros naturais do vírus do Nilo Ocidental são algumas espécies de aves selvagens, que atuam como amplificadores do vírus e como fonte de infecção de mosquitos. Os mosquitos picam as aves hospedeiras, ficam infectados e começam a transmitir a doença. Humanos, cavalos, primatas e outros mamíferos podem ser infectados pelo vírus.
Humanos e cavalos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, pois a contaminação do vírus ocorre por um curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar os mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão.
Quais são os sintomas?
Pessoas infectadas com o vírus do Nilo Ocidental nem sempre apresentam sintomas. A doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas diversos, dependendo de cada pessoa e do nível de gravidade da doença. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que apenas 20% dos infectados apresentem sinais como:
febre aguda de início abrupto, muitas vezes acompanhada de mal-estar;
anorexia (falta de apetite);
náusea ou vômito;
dor nos olhos;
dor de cabeça;
dor muscular;
exantema maculopapular (manchas vermelhas na pele) e linfadenopatia (nódulos e pequenos caroços).
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