As negociações sobre um cessar-fogo e a libertação de reféns na Faixa de Gaza, iniciadas há poucos dias no Cairo, continuam em Doha, disse uma autoridade americana nesta terça-feira (27).
Brett McGurk, conselheiro da Casa Branca para o Médio Oriente, está presente na capital do Catar, acrescentou.
O Catar, o Egipto e os Estados Unidos – países mediadores entre Israel e o grupo islâmico palestiniano Hamas – estão a tentar chegar a um cessar-fogo acompanhado da libertação de reféns em troca da libertação de prisioneiros palestinianos.
Até agora, houve apenas uma trégua de uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de cerca de uma centena de reféns.
Esta terça-feira, Israel anunciou que resgatou o refém Kaid Farhan Alkadi na Faixa de Gaza, para onde foi levado por combatentes do Hamas em 7 de outubro.
Nesse dia, o Hamas realizou um ataque sem precedentes no sul de Israel, onde matou 1.199 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço baseado em números oficiais.
Além disso, raptaram 251 pessoas, 105 das quais permanecem em Gaza, incluindo 34 que os militares israelitas declararam mortas.
A libertação de Kaid Farhan Alkadi, natural de uma cidade beduína no deserto de Negev, eleva para oito o número de reféns resgatados pelo exército israelita desde que, em 27 de Outubro, este lançou uma campanha militar em Gaza para aniquilar o Hamas, que governa o território. desde 2007.
Na terça-feira, sete pessoas, incluindo pelo menos três irmãos, morreram num ataque israelita ao campo de refugiados de Al Maghazi, no centro do território palestiniano, informaram os serviços de emergência.
Outras quatro pessoas morreram num atentado bombista em Khan Yunis (sul), segundo os serviços de defesa civil.
“Acordamos com o som da explosão”, disse à AFP Mohamed Yusef, um habitante de Gaza que testemunhou o ataque em Al Maghazi. “Encontramos crianças e mulheres mortas e mutiladas”, acrescentou.
Mais de dez meses de guerra causaram um desastre humanitário e deslocaram a maioria dos 2,4 milhões de palestinianos.
Na segunda-feira, a ONU disse que foi forçada a interromper os seus movimentos de transporte de ajuda humanitária na Faixa de Gaza devido a uma nova ordem de evacuação israelita em Deir al Balah, no centro do território palestiniano.
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