Um homem condenado pela violação e assassinato de uma mulher de 85 anos foi libertado pela justiça russa depois de se alistar para lutar na guerra na Ucrânia.
Ivan Rossomakhin, que já tinha sido libertado da prisão para se juntar à milícia do Grupo Wagner em 2022, não cumpriu nem seis meses da sua pena de 23 anos.
Segundo o grupo de direitos humanos Trauma Point, Rossomakhin, de 29 anos, assinou contrato com o Ministério da Defesa para ingressar nas Forças Armadas da Ucrânia e já deixou a Colônia Penal nº 1 na região de Kirov.
Em abril, ele havia sido condenado a 22 anos de prisão por matar e estuprar uma mulher de 85 anos, em março do ano passado. Em julho, a pena foi ampliada para 23 anos em regime fechado.
Rossomakhin é um velho conhecido da Justiça: em 2020, foi condenado a 14 anos de prisão por roubo, e cumpria pena quando ouviu a oferta, feita inicialmente pelo fundador do Grupo Wagner, Yevgeny Prigojin (falecido em 2023) , para os presidiários ingressarem na milícia em troca de liberdade.
A medida ocorreu num momento em que Moscovo tentava, a todo o custo, reforçar o seu contingente, perante um cenário que apontava para uma guerra sem fim à vista.
Em 2022, Rossomakhin assinou contrato com o grupo armado e foi lutar na Ucrânia.
O assassinato e estupro da idosa ocorreram dias após seu retorno da linha de frente para a aldeia onde morava, nos arredores de Kirov, e a repercussão foi tanta que Prigojin foi obrigado a se manifestar.
Na altura, ele disse que estava disposto a ajudar as autoridades em casos contra os seus paramilitares e propôs o envio de “um grupo de recrutamento para reincidentes violentos que os enviará para a linha da frente, onde terão de desabafar a sua raiva”.
Levantamentos realizados desde 2022 indicam que muitos presos que aceitam servir no Grupo Wagner ou nas tropas regulares voltam a cometer crimes violentos quando são liberados para deixar as zonas de combate.
Segundo levantamento do portal Meduza, desde o início da guerra até agosto de 2023, ocorreram 174 ocorrências desse tipo, envolvendo crimes como agressões, assaltos à mão armada, estupros e assassinatos.
Segundo o serviço russo da BBC, os detidos que concordam em lutar na Ucrânia são obrigados a assinar contratos válidos até ao final do conflito, e já não têm a garantia de receber o perdão presidencial, como acontecia até ao ano passado.
Agora cabe aos tribunais decidir se expurgam as condenações ou se o detido-combatente terá de cumprir mais tempo atrás das grades.
“Se você assinar um contrato agora, esteja preparado para morrer. De alguma forma, isso já passou antes. Você pode jogar por seis meses. E até o fim da guerra, nenhuma sorte será suficiente. Já percebi que não vou conseguir”, escreveu o ex-prisioneiro e agora soldado Sergei num fórum usado por combatentes russos.
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