A oposição venezuelana unida na Plataforma Unitária – coligação que apoiou o candidato Edmundo González – informou nesta quarta-feira (21) que não reconhece a competência da Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) do país para resolver o impasse sobre a eleição presidencial de 28 de julho.
“A Sala Eleitoral do TSJ não pode atribuir-se as funções e competências do órgão eleitoral porque não lhes competem”, refere o comunicado, acrescentando que o Supremo estaria a violar a “separação de Poderes”. [o Poder Eleitoral é separado do Poder Judiciário] e “invadir a competência exclusiva do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”.
A declaração da oposição foi divulgada enquanto se aguarda a decisão final sobre as eleições de 28 de julho, que deverá ser emitida nos próximos dias pelo Supremo Tribunal venezuelano.
O comunicado da oposição acrescenta que qualquer eventual sentença da Câmara Eleitoral que possa validar a fraude eleitoral seria “ineficaz e nula” e afirma que, ao fazê-lo, os magistrados do TSJ estariam “violando os direitos inalienáveis dos eleitores e incorreriam em crimes , civil e administrativo”.
Ainda segundo o comunicado, assinado por Edmundo González, María Corina Machado e a Plataforma Unitária, a CNE deve publicar a ata da contagem dos votos e reafirma que o vencedor da eleição foi Edmundo González, contradizendo a proclamação da CNE que deu a reeleição para Nicolás Maduro.
Além disso, agradecem “aos países do mundo que manifestaram a necessidade de uma auditoria internacional independente e fiável das actas, na sede da CNE e com a presença de representantes das forças políticas”.
Especialização TSJ
Neste domingo (18), magistrados do TSJ foram à CNE verificar se as atas entregues pelo Poder Eleitoral são as mesmas da base de totalização de votos.
Além disso, o tribunal informou que mais de 60% das atas já foram analisadas com a presença de observadores nacionais e internacionais, incluindo o Conselho de Peritos Eleitorais da América Latina (Ceela) e o Observatório de Pensamento Estratégico para a Integração Regional.
Por outro lado, os partidos da oposição queixam-se de não terem sido convidados a participar na investigação e desconhecerem como esta foi realizada. O candidato Enrique Marquez, ao deixar o TSJ nesta terça-feira (20), informou à imprensa que não tem conhecimento do processo.
“Se a CNE não tem nada a fazer, se o TSJ não tem nada a esconder, se o governo não tem nada a esconder, porque não permitem que partidos e candidatos observem e testemunhem o que se passa nesta investigação”, questionou.
Impasse
O presidente Nicolás Maduro recorreu à Sala Eleitoral do TSJ com base no artigo 297 da Constituição do país, que diz que as disputas eleitorais devem ser resolvidas por esta Sala. No entanto, a oposição diz que isso só poderá acontecer, como último recurso, depois de a CNE cumprir o seu papel e publicar dados detalhados da votação.
Depois de a CNE ter proclamado Maduro vitorioso na votação presidencial, a oposição acusou o Poder Eleitoral de fraudar o resultado. Países, como o Brasil, e organismos internacionais têm exigido a publicação dos dados por mesa de votação para que os resultados possam ser verificados.
Por sua vez, a CNE afirma ter sido alvo de ataques cibernéticos sistemáticos que prejudicaram o trabalho da instituição e o governo venezuelano acusa os Estados Unidos de promoverem, juntamente com Edmundo e Corina, um golpe de Estado no país. A oposição diz ter publicado na internet os registros eleitorais que confirmam a eleição de Edmundo. O governo acusa a oposição de falsificar atas e foi aberta uma investigação criminal contra os responsáveis pela página que publicou os documentos na internet.
Após o início da investigação no TSJ, a oposição recusou-se a apresentar os seus documentos eleitorais ao Tribunal. Maduro questionou a oposição por não apresentar seus documentos. “A Sala Eleitoral [do TSJ] Eu ia pedir a todos os partidos políticos todas as informações necessárias e eles saíram de mãos vazias”, disse o presidente.
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