Agência da ONU para migrações pede US$ 18,5 bi para combater mpox

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) apelou esta quarta-feira (21), em Genebra, por 18,5 mil milhões de dólares para fornecer serviços de saúde cruciais para migrantes, pessoas deslocadas e pontos de acolhimento em diversas regiões. do continente africano que estão em risco de surtos de mpox.

Mpox é uma doença infecciosa causada por um vírus que afeta humanos e outros animais. Os sintomas iniciais são febre, dores de cabeça, dores musculares, aumento dos gânglios linfáticos e fadiga.

“A propagação do mpox pela África Oriental, região do Corno de África e África Austral é uma grande preocupação, especialmente para os migrantes vulneráveis, as populações que se deslocam frequentemente e as comunidades de acolhimento, muitas vezes ignoradas em crises como esta”, disse a diretora-geral da entidade, Amy Pope, ao se referir à emergência global de mpox.

A OIM faz parte do sistema das Nações Unidas (ONU) como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. “Devemos agir rapidamente para proteger os que estão em maior risco e para reduzir o impacto desta epidemia na região”, acrescentou Amy.

Casos suspeitos

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam mais de 15 mil casos suspeitos só na República Democrática do Congo, além de 537 mortes. As infecções também foram confirmadas no Burundi, Quénia, Ruanda, África do Sul e Uganda.

“A OIM está preocupada com os migrantes, as pessoas deslocadas internamente e as populações altamente móveis na região, que tendem a correr um risco muito maior de infecções devido às suas condições e estilos de vida móveis e transitórios, que podem limitar enormemente o acesso aos cuidados de saúde e aos cuidados médicos”. , destacou a entidade, em nota.

Os 18,5 mil milhões de dólares, segundo o comunicado, serão utilizados para melhorar a capacidade de resposta da OIM às necessidades dos grupos em causa, apoiando medidas de prevenção e controlo de infecções por mpox, especialmente em regiões fronteiriças.

“O financiamento reforçaria ainda mais a capacidade dos profissionais de saúde e das equipas de resposta na linha da frente e permitiria a identificação de áreas de alto risco para garantir uma monitorização eficaz da doença e reduzir a sua propagação através das fronteiras.”