Os advogados de Donald Trump pediram ao tribunal que adiasse o anúncio da sentença do magnata para depois das eleições de novembro, depois de este ter sido condenado por ocultar pagamentos para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornográfica.
Todd Blanche argumenta que a data prevista para o anúncio, 18 de setembro, não dá tempo suficiente para Trump eventualmente recorrer do resultado de outra audiência marcada para 16 de setembro, esta sobre imunidade presidencial e decorrente de um julgamento no Supremo Tribunal dos EUA.
Em carta enviada ao juiz nesta quarta-feira (14), Blanche afirmou ainda que “não há fundamento para continuar com pressa”, além dos não especificados “objetivos espúrios de interferência eleitoral”.
Em maio, Trump foi considerado culpado por um júri de Nova Iorque de 34 acusações de falsificação de documentos contabilísticos para encobrir pagamentos destinados a comprar o silêncio da ex-atriz de cinema adulto Stormy Daniels e impedi-la de revelar um alegado caso extraconjugal.
Trump é o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser condenado criminalmente.
“A sentença está atualmente programada para ser anunciada quando a votação antecipada para as eleições presidenciais já tiver começado”, escreveu Blanche ao tribunal.
“Ao adiar a sentença para depois desta eleição… O Tribunal reduziria, embora não eliminaria, questões relativas à integridade de quaisquer procedimentos futuros”, acrescentou.
Na quarta-feira, Trump falhou pela terceira vez na sua tentativa de destituir o juiz responsável pelo caso.
Os advogados do magnata e atual candidato presidencial republicano nas eleições de 5 de novembro solicitaram a destituição do juiz Juan Merchan, alegando que o trabalho de sua filha para uma organização democrata representa um “conflito de interesses”.
Mas Merchan rejeitou o pedido, considerando que os argumentos da defesa nada mais eram do que uma “repetição de alegações cansadas e infundadas”.
Trump tem tentado de todas as maneiras adiar os diferentes casos que enfrenta nos tribunais até depois das eleições presidenciais, incluindo os de Washington e do estado da Geórgia, onde é acusado de tentar reverter os resultados das eleições de 2020, nas quais foi derrotado pelo democrata Joe Biden, cuja vitória o magnata republicano nunca reconheceu.
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