Os países do G20 estão a preparar um mapeamento das possibilidades de financiamento para a transição energética global. A estimativa é que serão necessários US$ 4,5 trilhões de dólares por ano – o equivalente a R$ 24,5 trilhões – para que o mundo possa reduzir ao máximo o uso de combustíveis de fontes fósseis, como petróleo e carvão, e passar a produzir energia de fontes que emitem menos gases de efeito estufa, como solar e eólica.
O tema foi discutido nesta quarta-feira (14), no primeiro Diálogo do G20 – Transições Energéticas, no Rio de Janeiro. Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 e assessora especial do Ministério de Minas e Energia, Mariana Espécie, o mundo ainda está longe dos investimentos necessários. Em 2022, segundo o coordenador, a marca foi de US$ 1,8 trilhão, equivalente a R$ 9,8 trilhões.
Para buscar formas de expandir esse investimento em nível global, a ideia é mapear as trajetórias, oportunidades e opções que o mundo precisa observar para viabilizar de forma geral os investimentos na transição.
“Estamos a considerar, por exemplo, que para alguns países fará mais sentido contar com recursos de empréstimos concessionais. Para outros, fará mais sentido fazer doações. Investimento do sector privado, o desempenho do sector privado será mais notável, mais relevante neste processo. Em última análise, há um mix destas oportunidades de investimento que estão a ser consideradas neste documento”, explicou Mariana Espécie.
Segundo Mariana Espécie, “é um dos primeiros esforços globais nesse sentido, e principalmente para tentar minimizar, digamos, estas assimetrias na distribuição destes recursos globalmente”.
Os resultados do estudo serão apresentados na Reunião Ministerial de Transições Energéticas do G20, na cidade de Foz do Iguaçu, entre os dias 1º e 3 de outubro.
Diversidade energética
Mariana Espécie observou que os países estão em diferentes pontos de partida e em diferentes ritmos de transição energética. “O ritmo de investimento varia muito de acordo com as condições locais de cada país e com as oportunidades e riscos que os investidores acabam vendo nesse processo. Não há constância, você tem uma diversidade de perspectivas muito grande.”
O Brasil é um dos destaques, segundo o coordenador. “Eu diria que o Brasil é o país mais bem posicionado dentro desse grupo para a transição, pelo que temos hoje, com a nossa matriz energética, matriz elétrica, já com uma participação alta de renováveis, nenhum outro país tem esse perfil dentro do G20 . E o que temos visto é que, mesmo já tendo essas condições favoráveis, ainda continuamos buscando melhores condições.”
Diante das diversidades e assimetrias, Mariana Espécie disse que a principal mensagem que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pretende passar na reunião ministerial de Foz do Iguaçu é justamente a importância de ter uma diversidade de opções à mesa.
“Não existe uma solução tecnológica única, não existe uma solução mágica que resolva todos os problemas e todas as soluções de baixo carbono serão importantes. Todos, sem exceção. Não importa se num primeiro momento ainda teremos que usar petróleo, mas sim reduzir as emissões através da captura e armazenamento de carbono.”
Em 2023, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP 28) definiu o objetivo de fazer a transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de forma justa, ordenada e equitativa para zero emissões de carbono até 2050. Já foi identificado que o dióxido de carbono provoca o efeito de estufa. Efeitos ambientais, como o carbono, são responsáveis pelo aquecimento do planeta, provocando inundações nas cidades, altas temperaturas, furacões e outros fenômenos que moldam a crise climática que o mundo vive.
Transição energética
O Diálogo G20 – Transições Energéticas é um conjunto de seminários regionais paralelos que tem como principal objetivo engajar a sociedade brasileira nas discussões que estão sendo conduzidas no âmbito político e social no âmbito do G20 sobre o tema transição energética. O evento, organizado em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico e a Itaipu Binacional, é preparatório para a Reunião Ministerial do G20 sobre Transições Energéticas.
O G20 é formado por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. Estados-Membros, para além da União Europeia. Desde 2008, os países se revezam na presidência. Esta é a primeira vez que o Brasil preside o G20 no formato atual.
Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos) global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial. Os países também representam quase 80% das emissões globais de gases com efeito de estufa provenientes do sector energético.
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