O governo venezuelano deve cessar a repressão iniciada após as eleições presidenciais de 28 de julho e investigar “a fundo” os fatos, pediu nesta segunda-feira (12) em comunicado a Missão Internacional Independente do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
“As mortes reportadas no contexto dos protestos devem ser investigadas exaustivamente e, caso se confirme o uso abusivo da força letal pelas forças de segurança e a participação de civis armados que actuam com a conivência destas forças, os responsáveis devem ser responsabilizados”, afirmou. Marta Valiñas, presidente da Missão.
O relatório contabilizou 23 mortes, a grande maioria por tiros, ocorridas entre 28 de julho e 8 de agosto, no âmbito das manifestações.
Depois de analisar dados publicados por diversas organizações de direitos humanos, a Missão indicou que pelo menos 1.260 pessoas foram detidas desde 28 de julho, incluindo 160 mulheres.
Prisões por terrorismo
Dados divulgados pela Procuradoria-Geral da República elevam o número de detenções para 2.200 pessoas, descritas indiscriminadamente como “terroristas”.
“Todas as pessoas detidas arbitrariamente devem ser libertadas imediatamente”, disse Patricia Tappatá, especialista da Missão.
Entre os detidos estão líderes, apoiantes de partidos políticos, jornalistas e defensores dos direitos humanos, considerados ou percebidos como opositores pelas autoridades, segundo o relatório.
Muitas das detenções, segundo o relatório, ocorreram depois de pessoas participarem em protestos ou expressarem as suas opiniões nas redes sociais.
O documento também destaca informações sobre a detenção de mais de 100 crianças e adolescentes, acusados dos mesmos crimes graves que os adultos e que não contaram com a presença de seus pais, mães ou responsáveis durante o processo judicial.
Finalmente, exige “garantir que meninos, meninas e adolescentes detidos sejam tratados em estrita conformidade com os padrões internacionais de proteção infantil”, disse Francisco Cox, especialista da Missão.
Nicolás Maduro foi proclamado presidente reeleito para um terceiro mandato com 52% dos votos contra 43% de González Urrutia, mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado ao chavismo, não publicou os detalhes da contagem, alegando um hacker ataque ao sistema de votação.
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