Edmundo González rejeita convocação do Supremo Tribunal da Venezuela e questiona procedimento

O candidato da oposição à presidência da Venezuela, Edmundo González Urrutia, afirmou que não atenderá ao chamado da Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) para audiência na manhã desta quarta-feira (7).

O objetivo seria rever o processo eleitoral que resultou na polêmica reeleição de Nicolás Maduro, com base no resultado oficializado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Em carta aberta, González afirmou que o procedimento perante o órgão judicial é irregular, viola as regras estabelecidas para a disputa eleitoral e que sua segurança pessoal estaria em risco caso comparecesse ao local.

Antes da pretendida citação à Sala Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça pic.twitter.com/43Q2GfjrKG

—Edmundo González (@EdmundoGU) 7 de agosto de 2024

“Divulgou-se pela mídia uma suposta intimação para que eu comparecesse pessoalmente à Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), a fim de apresentar material eleitoral e esclarecer dúvidas. , fá-lo-ia numa situação de absoluta indefesa, porque o procedimento avançado pela Câmara Eleitoral, tal como anunciado pela comunicação social, não corresponde a nenhum procedimento legal previsto na Lei Orgânica do Supremo Tribunal de Justiça ou outra lei sobre jurisdição eleitoral “, escreveu González, explicando seus motivos.

A Câmara Eleitoral do TSJ venezuelano havia anunciado que iniciaria nesta quinta-feira as audiências com os candidatos envolvidos no processo eleitoral. González seria ouvido às 11h (12h em Brasília), conforme programação divulgada pela imprensa local. Maduro deverá ser ouvido, junto com as siglas de sua aliança governamental, no mesmo horário desta sexta-feira.

Ainda segundo o candidato da oposição, o procedimento anunciado pelo tribunal para apresentação e verificação dos resultados seria irregular por representar uma “usurpação das funções constitucionais” da CNE. González sugere que o órgão judicial só estaria certificando resultados “que ainda não foram produzidos de acordo com a Constituição e a lei, com acesso dos participantes às atas originais que servem de base para uma totalização e proclamação e com as devidas auditorias”. “