O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, postou nas redes sociais que aceitou uma oferta da Fox News para enfrentar o Democrata Kamala Harris num debate entre candidatos à presidência dos Estados Unidos. O confronto está marcado para acontecer no dia 4 de setembro.
“As regras serão semelhantes às regras para o meu debate com ‘Sleepy Joe’, que foi tratado horrivelmente pelo seu partido, mas com uma audiência completa na arena”, publicou Trump, referindo-se ao presidente Joe Biden, que agora retirou a sua candidatura. .
Segundo a AFP, não ficou claro se Kamala concordou em participar do debate.
Trump havia declaradoanteriormente, que se recusaria a debater com Kamala antes de uma indicação oficial, ocorrida nesta sexta-feira, 2.
“Os detalhes do debate eleitoral geral não podem ser finalizados até que os democratas decidam formalmente sobre o seu candidato… seria inapropriado agendar coisas com Kamala porque os democratas ainda podem mudar de ideias”, disse o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, num comunicado.
A declaração ocorreu em meio a tensões de campanha entre Kamala e Trump. O vice-presidente acusou o republicano de arrastar os Estados Unidos para um “passado sombrio” e ele, por sua vez, afirmou que os democratas abandonaram o presidente Joe Biden e, em seu lugar, ficou ela, a “lunática” e a “mentirosa”.
O republicano de 78 anos concentra agora os seus ataques em Kamala e diz que ela é “pior” que Biden. Na noite de quarta-feira, num discurso antiaborto durante um comício na Carolina do Norte, ele chegou a acusá-la de defender a “execução de bebês”.
Quatro dias depois de assumir a função de virtual candidato democrata à Presidência, o vice-presidente reduziu a diferença de intenções de voto em relação a Trump, segundo pesquisa divulgada esta quinta-feira pelo New York Times, em parceria com a Universidade de Siena.
Os números ainda apontam Trump à frente entre todos os entrevistados — 48% contra 47% — e entre os eleitores inscritos para votar — 48% contra 46% —, mas os números do ex-senador são muito melhores que os do presidente e agora ex-candidato à reeleição , Joe Biden. Como a pesquisa tem margem de erro de mais ou menos 3,4 pontos percentuais, é possível dizer que estão em empate técnico.
Numa sondagem do New York Times, publicada em 3 de julho, Trump apareceu seis pontos percentuais à frente do republicano entre todos os americanos maiores de idade, 49% a 43%, e oito pontos entre os eleitores registados, 49% a 41%.
Kamala, segundo a pesquisa desta quinta, também teve um salto em sua avaliação: 46% dos entrevistados tiveram opinião favorável sobre ela, e 49%, desfavorável. Em fevereiro, ela foi vista desfavoravelmente por 55% dos entrevistados, e apenas 39% tinham uma opinião positiva sobre o provável candidato democrata. Para 79% dos entrevistados, ela foi a melhor escolha do partido para substituir Joe Biden.
A pesquisa entrevistou 1.142 eleitores em todo o país entre os dias 22 e 24 de julho.
Segundo a sondagem média elaborada pelo site Real Clear Politics, que inclui a pesquisa do New York Times, Trump tem 47,8% das intenções de voto, contra 45,7% do democrata.
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