Após o assassinato do chefe do Gabinete Político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, nesta quarta-feira (31), o governo brasileiro divulgou um comunicado no qual condena “veementemente” o ataque e pede mais uma vez um cessar-fogo imediato em Gaza Faixa. .
No documento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros manifesta preocupação com a escalada do conflito e apela a “todos os intervenientes para exercerem a máxima contenção” para evitar que “a região entre num conflito de grandes proporções e consequências imprevisíveis, à custa de civis”. vidas e inocentes.”
O Brasil considerou o episódio um “flagrante desrespeito à soberania e integridade territorial do Irã, em clara violação dos princípios da Carta das Nações Unidas”. O Itamaraty também reafirma que os atos de violência não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio.
“Tais atos dificultam ainda mais as chances de uma solução política para o conflito em Gaza, ao impactar negativamente as negociações que decorriam para um cessar-fogo e a libertação dos reféns”, aponta a nota.
O apelo brasileiro inclui um pedido para que a comunidade internacional faça todos os esforços para conter o agravamento das hostilidades. “O governo brasileiro reitera que, para deter a grave escalada de tensões no Oriente Médio, é fundamental implementar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em cumprimento à Resolução 2.735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.”
Ataque a Beirute
Na terça (30), o Itamaraty também havia criticado o ataque aéreo realizado por Israel em uma área residencial de Beirute, que matou o comandante militar do Hezbollah, Fu’ad Shukro. “O Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada das hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah”, aponta o documento.
Para o governo brasileiro, a continuação do ciclo de ataques e retaliações leva a uma espiral de violência e agressão com danos cada vez maiores, especialmente às populações civis de ambos os países.
Netanyahu
Esta quarta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, fez uma declaração na qual afirmou que o país desferiu golpes “esmagadores” contra os seus inimigos e que cobraria um preço elevado por qualquer agressão contra Israel.
O ataque contra o Hezbollah foi uma retaliação a um míssil que teria matado pelo menos 12 crianças israelenses. “Este foi um desastre terrível. Tal como todos os cidadãos de Israel, ficámos profundamente chocados com esta terrível carnificina”, publicou Netanyahu na sua conta na rede social X (antigo Twitter) no fim de semana.
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