O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desafiou a transparência das eleições na Venezuela, que mantiveram o presidente Nicolás Maduro no cargo.
O governo brasileiro ainda aguarda a divulgação da ata de votação para se posicionar oficialmente sobre o resultado.
Esta terça-feira, as ruas de Caracas e de outras grandes cidades venezuelanas são palco de protestos contra os resultados contestados das eleições presidenciais.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) proclamou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais com 51,2% dos votos contra 44,2% do oposicionista Edmundo González Urrutia.
A autoridade eleitoral, controlada pelo chavismo, calculou que a participação eleitoral foi de 59%, com 80% dos votos contados, e descreveu a tendência como “irreversível”.
Maduro defendeu a sua vitória, enquanto a oposição, liderada por María Corina Machado, rejeitou o resultado, alegando ter provas de que o seu bloco recebeu 73,2% dos votos.
Em nota, Pacheco afirmou que o processo eleitoral do país vizinho “carece de clareza”.
“Numa democracia, a justiça e a transparência do processo eleitoral que garantam a prevalência da vontade do povo são uma base essencial e intransponível. O governo venezuelano afasta-se disso ao não demonstrar claramente estes valores. não nos permite ser seletivos e casuístas. Qualquer violação dela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja quem for”, afirmou o senador.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, manifestou esta terça-feira “lealdade absoluta e apoio incondicional” das Forças Armadas ao Presidente Nicolás Maduro, garantiu que os protestos “são um golpe de Estado” que promove “a extrema direita” e prometeu que as forças não permitirão isso.
As forças policiais e os coletivos pró-Chávez têm estado ativos na repressão dos protestos em partes de Caracas. Relatórios apresentados por ONG que operam em território venezuelano mostram pelo menos quatro mortos, 44 feridos, 46 detidos e 25 desaparecidos no período — com um jornal espanhol a afirmar que há pelo menos sete mortos.
O Ministério Público afirma que 749 pessoas foram detidas, 48 militares e policiais ficaram feridos e um oficial da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) morreu.
O líder da oposição Freddy Superlano está na lista dos detidos, segundo o seu partido, Voluntad Popular (VP), que alertou esta terça-feira para uma “escalada da repressão” em meio aos protestos contra a reeleição de Maduro.
“Devemos informar com responsabilidade ao país que há poucos minutos o nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano, foi sequestrado”, disse o vice-presidente do partido X.
Em vídeo postado nas redes sociais, é possível ver o político sendo levado por agentes da Inteligência Bolivariana e se livrando do celular.
O secretário-geral da ONU, António Guterresinstou o governo de Maduro a contar os votos “com total transparência” e a liderança política a agir “com moderação”.
O Brasil, a maior democracia da América Latina, solicitou, através do seu Ministério das Relações Exteriores, a publicação dos resultados para dar “transparência e legitimidade” à contagem dos votos. Os Estados Unidos e o Chile também questionaram os resultados.
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