Um dia após as eleições presidenciais que reelegeram, segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Nicolás Maduro para mais um mandato no país, o governo do país decidiu expulsar os representantes diplomáticos da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru , Panamá, República Dominicana e Uruguai, que contestaram o resultado das urnas.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (29), o governo venezuelano criticou os países que não reconheceram a vitória de Maduro, classificando o fato como um ataque à soberania nacional e criticando o que chamou de “declarações intervencionistas”. Segundo a nota, “serão promovidas todas as ações jurídicas e políticas para garantir o respeito, preservar e defender” o direito inalienável à autodeterminação.
“A República Bolivariana da Venezuela expressa o seu mais firme repúdio às declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e abertamente comprometidos com os mais sórdidos postulados ideológicos do fascismo internacional, tentando reeditar o fracassado e derrotado Grupo Lima, que pretende desconhecer os resultados eleitorais dos Comícios Presidenciais que decorreram este domingo”, refere o comunicado, acrescentando que o governo enfrentará todas as ações que prejudiquem o clima de paz na Venezuela.
Em meio a disputas internas, Nicolás Maduro foi proclamado vitorioso para cumprir mais um mandato – de 2025 a 2030 –, segundo a CNE, com 51,21% dos votos contra 44% de Edmundo González, segundo colocado. O resultado foi questionado por González.
O Itamaraty (MRE) informou, em nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela de “dados desagregados por tabela de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade dos resultados eleitorais”. .
Além dos países sul-americanos, representantes dos Estados Unidos e da União Europeia exigiram transparência no processo eleitoral. Rússia e China parabenizaram Nicolás Maduro.
Protestos
Manifestantes concentraram-se esta segunda-feira nas ruas de cidades venezuelanas, depois de o Presidente Nicolás Maduro ter sido proclamado reeleito e no meio de apelos da oposição e da comunidade internacional para que a contagem completa dos votos seja divulgada, segundo informações da Agência Reuters.
Segundo a agência, em alguns locais os protestos foram dispersados pelas forças de segurança.
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