O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta segunda-feira (29) que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deverá publicar “nas próximas horas” os registros eleitorais com os resultados de cada um dos mais de 30 mil locais de votação neste domingo (28).
“A CNE informou que nas próximas horas os resultados estarão disponíveis no site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mesa a mesa, como historicamente tem sido feito graças ao sistema de votação automatizada”, disse o responsável nas redes sociais. . inspetor geral do país, cargo semelhante ao do Procurador-Geral da República no Brasil. O Ministério Público da Venezuela é responsável pelo monitoramento do CNE>
Ataque
Também hoje, Saab acusou María Corina Machado, opositora ao governo de Nicolás Maduro, de estar envolvida no alegado ataque hacker contra o sistema CNE neste domingo. A CNE afirma que um ataque atrasou a totalização dos votos e a proclamação dos resultados, realizada por meio de votação à 1h no horário de Caracas (2h no horário de Brasília), que deu a vitória a Maduro.
Segundo Saab, o ataque teve origem na Macedónia do Norte, país da Europa de Leste na ex-Jugoslávia, com a intenção de manipular dados da CNE. “Esta ação foi travada, foi evitada, mas conseguiram pausar e abrandar, atrasando mais algumas horas a leitura do boletim de resultados finais”, denunciou.
Ainda segundo a autoridade venezuelana, o opositor Leopoldo López, fugitivo da justiça e agora radicado em Espanha, esteve por trás deste plano, entre outras pessoas, bem como a opositora María Corina Machado.
“Eles parecem ser os principais responsáveis por esta ação que denuncio como Procurador-Geral da República. Portanto, os procuradores designados estão a reunir todos os elementos de condenação para fazer avançar esta investigação que já aqui foi formalmente anunciada e que tentou, repito, paralisar e adulterar os resultados eleitorais”, afirmou.
Corina Machado ainda não se pronunciou sobre a acusação. Ela teve sua candidatura à presidência da Venezuela negada pela CNE devido a uma condenação judicial e acabou nomeando Edmundo González para o cargo, que recebeu 44% dos votos, contra 51,21% de Maduro, após apuração de 80% dos votos.
Incidentes mínimos
O inspector-geral do país também fez um balanço dos incidentes durante a votação de domingo. Segundo Saab, ocorreram 60 ocorrências, das quais 32 foram casos de destruição de material eleitoral, com 17 pessoas presas.
“É um número extremamente pequeno se considerarmos que a eleição de ontem ocorreu em 15,7 mil centros eleitorais com 30,2 mil máquinas de votação”, comentou.
Tarek William Saab acrescentou ainda que o Ministério Público venezuelano não tolerará manifestações violentas para ignorar os resultados das urnas. “A nossa instituição está a monitorizar qualquer ato que pretenda iniciar uma escalada de violência para manchar a celebração democrática que temos desfrutado”, acrescentou.
Ata eleitoral
Há expectativa de que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isto, é possível verificar se as actas em poder da CNE são as mesmas impressas no momento da votação e que foram distribuídas aos inspectores da oposição ou observadores nacionais e internacionais.
Líderes de países ao redor do mundo estão divididos entre aqueles que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; aqueles que não desconhecem o resultado, mas solicitam a publicação da ata, como a Colômbia, os Estados Unidos, a União Europeia; e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória, sem contestar a publicação da ata, como Rússia, Bolívia, China e Cuba.
O Itamaraty (MRE) informou, em nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela de “dados desagregados por tabela de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade dos resultados eleitorais”. .
O comunicado diz que o Brasil “reafirma ainda mais o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”.
Questionados pela oposição desde pelo menos 2004, os resultados das eleições venezuelanas são frequentemente alvo de desconfiança por parte da comunidade internacional. Nas últimas eleições, organizações internacionais como o Carter Center e a Missão de Observação da União Europeia não identificaram fraudes eleitorais e denúncias de fraudes em eleições passadas não foram formalizadas no país.
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