O resultado das eleições venezuelanas foi um triunfo da independência nacional apesar das sanções, disse o presidente Nicolás Maduro na madrugada desta segunda-feira (29), logo após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país anunciar sua vitória com 51,21% dos votos. . Maduro também pediu a outros países que respeitem os resultados das urnas e convocou setores da oposição ao diálogo.
Por outro lado, a principal campanha da oposição, liderada por Edmundo González, disse não reconhecer o resultado. A opositora Maria Corina Machado denunciou que nem todos os registos de votação foram entregues a testemunhas da oposição e disse que “o dever das Forças Armadas nacionais é fazer cumprir a vontade popular e é isso que esperamos”.
Maduro falou para uma multidão em frente ao Palácio Miraflores, sede do governo, em Caracas. “[É o] triunfo da independência nacional, da dignidade do povo da Venezuela. Não conseguiram fazê-lo com as sanções, não conseguiram fazê-lo com a agressão, não conseguiram fazê-lo com as ameaças, não conseguiram fazê-lo agora e nunca conseguirão fazê-lo com a dignidade de o povo da Venezuela”, destacou.
O país sul-americano enfrenta um bloqueio financeiro e comercial iniciado em 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia começaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro.
O presidente reeleito pediu ainda que os países respeitem o resultado. “O poder eleitoral tem um sistema eleitoral com um nível muito elevado de confiança, segurança e transparência com 16 auditorias”, afirmou, acrescentando que “quando houve o debate em que Donald Trump denunciou que as eleições nos Estados Unidos foram roubadas de ele, a gente não se envolveu nisso”.
Segundo Maduro, “já conhecem este filme” da oposição que costuma acusar de fraude. “[Em 2004] Tentaram manchar o resultado eleitoral com gritos de fraude e todos saíram para coletivas de imprensa. Allup Ramos [líder opositor à época] Eu disse ‘Tenho provas e em 24 horas apresentarei as provas contundentes’. Ainda estamos esperando hoje”, ela brincou.
O presidente reeleito também comentou o ataque hacker relatado pela CNE que atrasou a publicação dos resultados. “Sabemos de onde eles vieram [o ataque hacker], de que país ele veio. Já sabemos quem encomendou. Está nas mãos do inspector-geral da República fazer a investigação e fazer justiça ao nosso povo”, destacou, sem revelar de onde partiu o ataque.
Maduro também fez duros ataques ao presidente Javier Milei, da Argentina, que disse não reconhecer o resultado, chegando a pedir ações das Forças Armadas Venezuelanas contra o resultado anunciado pela CNE. “Milei, você não pode durar uma rodada comigo, sua criatura covarde. Traidor do país”, ele retrucou.
O Presidente Nicolás Maduro, no seu primeiro discurso, apelou aos sectores da oposição ao diálogo para que não recorram à violência nem apelem ao golpe de Estado. “[Vou convocar] um grande diálogo de entendimento nacional e novos consensos”, afirmou, destacando que deve convidar todos os setores da sociedade.
Oposição
Embora alguns candidatos tenham reconhecido o resultado da CNE, como Benjamín Rausseo, Daniel Ceballos, José Brito e Luis Eduardo Martínez, o principal candidato da oposição que recebeu 44% dos votos, Edmundo González, não reconheceu a vitória de Maduro e a liderança de Maria Corina Machado. chamada de ação pelas Forças Armadas.
“Violaram todas as regras a ponto de ainda não terem entregue a maior parte da ata”, denunciou Edmundo na madrugada desta segunda-feira, acrescentando que “a nossa luta continua e não vamos descansar até que seja cumprida a vontade do povo da Venezuela”. é respeitado”.
A dirigente Maria Corina Machado disse que “todos sabem o que aconteceu na Venezuela” e pediu medidas às Forças Armadas nacionais.
“Os cidadãos militares estavam lá, na primeira fila. Eles nos viram com alegria, com esperança, organizados de forma cívica, pacífica e abrindo os braços para todo o país. Eles sabem. E o dever da Força Armada Nacional é garantir que a soberania popular expressa no voto seja respeitada. E é isso que nós, venezuelanos, esperamos de cada um dos nossos soldados”, afirmou.
Corina Machado foi impedida de participar por condenação judicial, tendo indicado Edmundo González em seu lugar. O político venezuelano disse que teve acesso a 40% dos registos eleitorais e que continuará a lutar “para defender a verdade”.
“É impossível [que Maduro tenha vencido]. Com toda a informação que temos, e digo que temos mais de 40% dos minutos. Temos informação e temos as atas, e a diferença é muito grande”, disse aos jornalistas, acrescentando que “em centenas” de mesas eleitorais as atas não foram entregues aos inspetores da oposição.
Ata eleitoral
Há expectativa de que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isto, é possível verificar se as actas em poder da CNE são as mesmas impressas no momento da votação e que foram distribuídas aos inspectores da oposição ou observadores nacionais e internacionais.
Líderes de países ao redor do mundo estão divididos entre aqueles que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; aqueles que não desconhecem o resultado, mas solicitam a publicação da ata, como Colômbia, Estados Unidos, União Europeia e Brasil; e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória, sem contestar a publicação da ata, como Rússia, Bolívia, China e Cuba.
Questionados pela oposição desde pelo menos 2004, os resultados das eleições venezuelanas são frequentemente alvo de desconfiança por parte da comunidade internacional. Contudo, nas últimas eleições, organizações internacionais como o Carter Center e a Missão de Observação da União Europeia não identificaram fraude eleitoral e denúncias de fraude em eleições passadas não foram formalizadas no país.
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