Cerca de 46 milhões de eleitores britânicos foram às urnas nesta quinta-feira (4) para escolher o parlamento do país para os próximos cinco anos. De acordo com as sondagens à saída, o Partido Trabalhista deverá eleger 410 deputados, confirmando as expectativas. O Partido Conservador, que está no poder há 14 anos, deverá eleger 131 deputados, perdendo 241 assentos no parlamento. 
Em terceiro lugar, os Liberais Democratas deverão ter 61 assentos, e o Partido Nacionalista Escocês terá 10. Para ter maioria, o partido deve ter 326 assentos dos 650 assentos no parlamento.
No Reino Unido, os eleitores escolhem os parlamentares que representam cada um dos distritos do país. Para indicar o primeiro-ministro, um partido precisa alcançar a maioria dos assentos na Câmara dos Comuns, a casa legislativa com maior papel no Reino Unido, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil. O líder do partido com maioria no parlamento é convidado pelo rei para formar o novo governo e torna-se primeiro-ministro.
As urnas foram encerradas às 22h locais (18h em Brasília) e o resultado oficial deve ser divulgado na manhã desta sexta-feira (5).
Funcionários contam boletins de voto em Glasgow durante as eleições no Reino Unido – foto – Reuters – Lesley Martin – Reprodução proibida
Uma vitória do Partido Trabalhista – liderado por Keir Starmer – removeria do poder o actual primeiro-ministro, Rishi Sunak, do partido Conservador. Entre os temas mais debatidos durante a campanha eleitoral estão a degradação do serviço público de saúde, a imigração e a recuperação do poder de compra britânico.
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O Partido Conservador promete reduzir as contribuições para a Segurança Social em mais 2% até 2027 e abolir o imposto para os trabalhadores independentes. O Partido Trabalhista está empenhado em aumentar o salário mínimo e não aumentar os impostos.
Nas redes sociais, Sunak pede aos eleitores que não dêem um cheque em branco ao Partido Trabalhista. “É altura de travar a maioria absoluta do Partido Trabalhista, o que significaria impostos mais elevados para toda a vida”, afirma o actual primeiro-ministro.
Starmer, por outro lado, aposta no desejo de mudança dos eleitores. “Mudei o Partido Trabalhista e agora estou pronto para mudar a Grã-Bretanha. Juntos podemos virar a página depois de 14 anos de caos conservador”, finaliza.
*Com informações da agência RTP
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