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A maior parte do sudeste do Caribe está em alerta neste sábado (29) devido à tempestade tropical Beryl, que os meteorologistas prevêem que pode se fortalecer nas próximas 24 a 48 horas até se tornar o primeiro furacão do ano.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) informou que Beryl, localizado no Oceano Atlântico, cerca de 1.260 quilômetros a sudeste de Barbados, pode se tornar um “grande furacão perigoso” quando atingir as Ilhas de Barlavento na noite de domingo.
Barbados, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada estão sob alerta de furacão, de acordo com o NHC.
Um grande furacão é considerado de categoria 3 ou superior na escala Saffir-Simpson, com ventos de pelo menos 178 km/h.
Segundo especialistas, uma tempestade tão poderosa no início da temporada de furacões, que vai do início de junho ao final de novembro nos Estados Unidos, é extremamente rara.
“Apenas cinco grandes furacões [Categoria 3+] foram registrados no Atlântico antes da primeira semana de julho. Beryl seria o sexto e o primeiro a emergir neste extremo do Atlântico tropical”, publicou o especialista em furacões Michael Lowry na rede X.
O NHC informou na tarde de sábado que Beryl teve “ventos máximos sustentados (…) perto de 65 mph (105 km/h) com rajadas mais fortes” e que os ventos com força de tempestade tropical se estenderam até 45 milhas (72 km).
“Condições de furacão são possíveis em áreas sob vigilância de furacão na noite de domingo ou na manhã de segunda-feira, com condições de tempestade tropical possíveis para domingo à noite”, acrescentou, alertando sobre chuvas e ondas ciclônicas.
A escala Saffir-Simpson designa furacões de categoria 1 com ventos de pelo menos 70 mph (119 km/h).
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) disse no final de maio que espera que este ano seja uma temporada de furacões “extraordinária”, com até sete tempestades de categoria 3 ou superior.
A agência citou temperaturas quentes no Oceano Atlântico e condições relacionadas ao fenômeno climático La Niña no Pacífico para explicar o aumento das tempestades.
Nos últimos anos, os fenómenos meteorológicos extremos, incluindo furacões, tornaram-se mais frequentes e devastadores como resultado das alterações climáticas.
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