Os familiares do adolescente João Pedro, morto por policiais civis durante operação na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, Grande Rio, em maio de 2020, protestaram contra a decisão judicial que absolveu os agentes envolvidos. A manifestação, na entrada do Tribunal de Justiça do estado, também contou com a participação de familiares de outras vítimas da violência policial.
João Pedro Matos Pinto, então com 14 anos, estava em casa do tio quando a casa foi atingida por mais de 70 tiros. Os tiros foram disparados por policiais da Coordenação de Recursos Especiais (Core). O adolescente acabou sendo baleado e morreu.
Três policiais, Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister, foram indiciados pelo Ministério Público em 2022, por duplo homicídio. Mas na última quarta-feira (10), a juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine os absolveu sumariamente. O juiz, após análise das provas e depoimentos, entendeu que os agentes agiram em legítima defesa.
A família esperava que o caso fosse levado a júri popular. “Esta é uma sentença sem qualquer responsabilidade, perante a família, perante a sociedade. Esperamos mudar esta situação [da absolvição]”, disse o pai de João Pedro, Neilton da Costa Pinto.
“A verdade é que entraram numa casa onde só havia adolescentes brincando e dispararam diversas armas de fogo. Não tem como um agente público entrar numa casa onde só tem adolescentes, disparando mais de 70 tiros, sem ter a intenção de matar”, destacou.
Segundo ele, a família pretende continuar lutando para que o caso seja levado ao Tribunal do Júri e está disposta a levar o caso à última instância para ver os policiais condenados.
“Nestes quatro anos, em nenhum momento o Estado nos procurou. Em nenhum momento ele pediu desculpas à minha família. Se eu fosse diplomata, o pedido de desculpas certamente viria de imediato”, lamentou a mãe de João Pedro, Rafaela Matos.
Com cartazes pedindo justiça, os manifestantes fizeram uma curta marcha da Avenida Erasmo Braga, onde fica a lateral do prédio do TJRJ, até a Avenida Presidente Antônio Carlos, onde fica a fachada do prédio. Gritavam frases como “não ficaremos calados” e “a polícia mata e o judiciário enterra”.
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