A seleção de NÓS denunciou nesta sexta-feira (28) mais um caso de racismo em Copa América. Jogadores, como Tim Weahforam alvo de insultos nas redes sociais após a derrota da seleção americana por 2 a 1 para o Panamá, na noite desta quinta-feira (27), pela fase de grupos da competição continental.
“A Federação de Futebol dos EUA está ciente e profundamente perturbada pelos comentários racistas feitos nas redes sociais e dirigidos a vários jogadores da selecção nacional após o jogo desta noite”, disse a organização através das redes sociais.
O US Soccer se posiciona firmemente contra o racismo em todas as formas e continuará a apoiar nossos jogadores. pic.twitter.com/QayH6AY7ji
– Seleção Masculina de Futebol dos EUA (@USMNT) 28 de junho de 2024
Um dos principais alvos das ofensas foi Weah, que foi expulso aos 18 minutos de jogo por dar um soco na cabeça de um jogador panamenho, em jogada sem bola. Foi a expulsão mais rápida de um jogador norte-americano desde que Jimmy Conrad foi excluído num amistoso contra Honduras em 2010.
Com mais um jogador em campo, a seleção panamenha buscou a reviravolta no placar nos minutos finais da partida. A derrota coloca em risco a classificação da seleção americana para as oitavas de final da Copa América.
“Não há absolutamente nenhum espaço no jogo para uma atitude tão odiosa e um comportamento discriminatório”, afirma o comunicado dos EUA, sobre os ataques racistas. “Essas ações não são apenas inaceitáveis, mas também contrárias aos valores de respeito e inclusão que sustentam a nossa organização.”
A federação americana também afirmou que oferecerá serviços de saúde mental a qualquer jogador ou funcionário que necessite. E alertou que o caso de racismo foi denunciado à Conmebol, entidade que rege o futebol sul-americano e que organiza a Copa América, disputada este ano nos Estados Unidos.
Em resposta, a Conmebol lamentou o episódio. “Nossa organização trabalha continuamente para a evolução de uma nova cultura que erradica expressões de racismo, conteúdos ofensivos nas redes sociais e todas as formas de violência ou discriminação. Condenamos atitudes de intolerância em todos os lugares e em todas as ocasiões, especialmente nos casos em que as pessoas se escondem atrás de contas de mídia social.”
declaração. pic.twitter.com/eOtpeekoqB
— CONMEBOL Copa América ENG (@copaamerica_ENG) 28 de junho de 2024
Este é o segundo caso de racismo nesta Copa América. No dia 21, a seleção canadense relatou o primeiro caso logo após a partida de abertura da competição, contra a Argentina. A seleção canadense revelou que um de seus jogadores recebeu abusos racistas após fazer falta em Lionel Messi na vitória da Argentina por 2 a 0 sobre o Canadá.
O jogador alvo dos ataques é o zagueiro Moise Bombito, que fez uma dura entrada no atacante argentino durante a partida. Messi, porém, não se machucou. Ele continuou em campo e ainda deu assistência em um dos gols da seleção sul-americana.
DESCULPA
Também nas redes sociais, Weah fez um pedido público de desculpas pela agressão cometida contra o rival do Panamá. “Não importa o que aconteça, sempre lutarei pela minha seleção e pelo meu país até o dia em que não for mais necessário ou capaz!”, declarou o jogador, filho do lendário George Weah, atual presidente da Libéria e ex-jogador do Milan. .
“Peço sinceras desculpas a todos. Meu amor por esse time vai além do futebol. Estou muito triste e com raiva de mim mesmo por ter feito meus companheiros passarem pelo que passaram esta noite”, declarou, referindo-se à desvantagem numérica do time diante do Panamá. “
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