Vergonha para o futebol mundial, registros de casos de racismo cresceram 39% em um anosegundo o 10º Relatório sobre Discriminação Racial no Futebol, divulgado nesta quinta-feira, na sede da CBF, no Rio.
O documento foi divulgado pela Observatório da Discriminação Racial no Futebolem parceria com a entidade nacional e o Grupo de Estudos sobre Esporte e Discriminação da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
De acordo com o documento do Observatório, houve 136 casos de racismo registrados em 2023um aumento de 38,77% em relação ao ano anterior, quando foram constatadas 98 ocorrências.
Desde 2016, o aumento é anual, com exceção de 2020, devido à pandemia de Covid-19. Levando em conta os 10 anos de estudos, os incidentes aumentaram 444% (de 25 para 136).
“O aumento de casos notificados face à época anterior reforça a gravidade do problema e os desafios persistentes, que exigem, mais do que nunca, ações inovadoras, eficazes e continuadas, no sentido de romper com a passividade e a cumplicidade histórica com o racismo”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, primeiro negro a comandar a CBF em mais de 100 anos de história da instituição.
“Acreditamos que a batalha contra o racismo, nas suas diferentes formas, não pode ser vencida isoladamente. Só a cooperação entre os diferentes agentes que constituem a nossa sociedade pode garantir às gerações futuras um mundo em que o respeito e a dignidade sejam valores universais, e não excepções” , acrescentou o dirigente.
Nos países vizinhos da América do Sul, os brasileiros têm sofrido como nunca nas Copas Libertadores e Copas Sul-Americanas. O Peñarol publicou nota oficial prometendo expulsar do clube quem cometesse atos racistas contra o Flamengo, nas quartas de final desta quinta-feira.
“Esse dado não é apenas ruim. Ele também apresenta uma evolução importante, que é uma maior conscientização entre torcedores e jogadores. Se temos mais reclamações é porque a sociedade brasileira está mais atenta para entender o que é o racismo e suas diversas formas de expressão” , comentou o fundador e diretor executivo do Observatório, Marcelo Carvalho.
O relatório também lista a descrição e a evolução de cada caso e destaca outros tipos de discriminação e violência: abuso sexual, assédio, gordofobia, apoio ao nazismo e à política.
O documento também detalhou os locais de racismo. São 104 incidentes raciais em estádios de futebol brasileiros, 91 dos quais ocorreram durante partidas de futebol em 21 estados diferentes.
O Rio Grande do Sul lidera, com 20 casos, seguido por São Paulo, com 18, e Minas Gerais, com 10. Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai, Venezuela e Peru também registraram incidentes discriminatórios na América do Sul.
Parceria renovada
Além da divulgação do 10º Relatório sobre Discriminação Racial no Futebol, a CBF anunciou a renovação da parceria com o Observatório de Discriminação Racial no Futebol. O acordo que terminaria em 2026 agora vai até 2030.
“Quero agradecer ao presidente Ednaldo. Já se passaram dez anos de Observatório, mas a nossa chegada à CBF só acontecerá em 2022, muitos anos depois da existência do Observatório. , mas ver na CBF um parceiro”, agradeceu Marcelo Carvalho.
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