O volante Rodrigodo Manchester City, afirmou nesta terça-feira (17) que os jogadores estão próximos de organizar uma greve contra o aumento no número de partidas na atual temporada europeia.
O maior gatilho é a Liga dos Campeões, que estreia nesta terça-feira um novo formato, com mais jogos em sua primeira fase.
“Acho que estamos perto disso (ataque). É fácil de entender. Se você perguntar a qualquer jogador, ele dirá a mesma coisa. Não é apenas a opinião do Rodri ou de outro jogador. Acho que essa é a opinião geral dos jogadores” , declarou o meio-campista do City e da Espanha.
Sem dar mais detalhes sobre uma possível organização entre os jogadores, visando uma possível greve, afirmou que a paralisação dos jogos pode se tornar uma opção inevitável.
“Se a situação continuar assim, chegará um momento em que não teremos outra opção, é o que penso. É algo que nos preocupa porque somos nós que sofremos (com a situação)”.
Rodri deve estrear na temporada europeia nesta quarta-feira (18), na partida contra Inter de Milãono Estádio Etihad. Ele perdeu as primeiras rodadas do Campeonato Inglês porque estava de férias após defender a Espanha na conquista do Europeu, em julho.
No novo formato da Liga dos Campeões, os clubes disputarão mais dois jogos na primeira fase, agora com pontos corridos. No caso do City, o time ainda terá que disputar o título Mundial de Clubesem meados do próximo ano, no final da actual temporada europeia.
A criação do campeonato é um dos principais alvos de insatisfação dos jogadores, principalmente por meio do FIFpro, sindicato dos atletas. A entidade abriu processo judicial contra a FIFA por causa de suas competições ampliadas, que incluem o primeiro Copa do Mundo Masculina de 48 equipes em 2026.
Rodri disse que se pode esperar que os jogadores “desempenhem o seu melhor” se jogarem de 40 a 50 partidas por temporada. E não “60 a 70 jogos”, um número que Rodri pode ter de jogar se o City chegar longe em todas as competições em que participar.
Julian Alvarez, que jogou pelo City nas últimas duas temporadas antes de se transferir para o Atlético de Madrid, foi escalado para 83 partidas na temporada passada. Outro jogador do City, Phil Foden, jogou em 1972. “Na minha humilde opinião, acho que é demais. Temos que cuidar de nós mesmos. Alguém tem que cuidar de nós mesmos porque somos os personagens principais, digamos, deste esporte ou deste negócio.”
“Não se trata apenas de dinheiro ou de marketing. É também a qualidade do espectáculo. Na minha opinião, quando descanso, quando não estou cansado, tenho um desempenho melhor. Se as pessoas querem ver um futebol melhor, precisamos de descansar.”
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