De MS, goleiro naturalizado deve ficar no banco contra o Brasil

Natural de Porto Murtinho, o goleiro Carlos Coronel deve ser opção no banco de reservas da seleção paraguaia contra o Brasil, nesta terça-feira (10), às 20h30 (horário de MS), pela 8ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

Na última sexta-feira (06), o Paraguai empatou sem gols com o Uruguai, fora de casa, em partida que marcou a despedida do artilheiro Luis Suárez do time celeste. Neste jogo, o goleiro titular do Albirroja foi Gatito Fernández, conhecido da população brasileira, que defende as cores do Botafogo desde janeiro de 2017, enquanto Coronel permaneceu no banco.

Na Copa América deste ano, que aconteceu nos meses de junho e julho, Carlos também foi convocado pelo técnico Daniel Garnero para disputar a competição. Porém, em três jogos pela seleção paraguaia no torneio continental (incluindo a derrota por 4 a 1 para o Brasil), o jogador do Murtinhense acabou sendo reserva em todos eles.

No total, Coronel soma nove partidas com a camisa rubro-branca, sendo seis em 2023 nas Eliminatórias e mais três neste ano, em junho, em amistosos oficiais. Hoje, ele é goleiro titular do NY Red Bull (EUA) e, desde o fim da Copa América, foi titular em seis das sete partidas que o time disputou.

Atualmente, a seleção paraguaia ocupa a sétima colocação nas Eliminatórias, ou seja, indo para a repescagem, com seis pontos (uma vitória, três empates e três derrotas). Enquanto isso, o Brasil está na quarta colocação, com 10 pontos conquistados (três vitórias, um empate e três derrotas). Confira a classificação completa:

Segundo o Transfermarkt, site especializado em valores de jogadores profissionais, Carlos Coronel está avaliado em 1 milhão de euros (R$ 6,2 milhões, na cotação atual).

Trajetória – Carlos Coronel

Carlos nasceu em 29 de dezembro de 1996, em Porto Murtinho, mas de mãe paraguaia. Nunca jogou profissionalmente no Brasil, mas já atuou em seleções juvenis nacionais, como o Red Bull Brasil sub-20, de Campinas. Ele também foi aprovado em peneira no São Paulo, mas foi liberado logo em seguida.

“Eu tinha uns 15 anos quando fiquei um mês em Cotia no CT e fui aprovado, mas depois fui dispensado. época e algum diretor do São Paulo”, disse Carlos ao canal esportivo ESPN.

Depois disso, Carlos passou por Desportivo Brasil e Paraná até chegar ao Red Bull Brasil em 2011. Antes mesmo de estrear como profissional, transferiu-se para o Red Bull Salzburg e foi emprestado por três temporadas ao Liefering, clube satélite que disputou o Campeonato Austríaco. segunda divisão da época.

“Fui sede do projeto e viajei muito para acompanhar meu desenvolvimento. Foi muito importante porque precisei de tempo para me adaptar ao diferente estilo de jogo, idioma e cultura. pronto, suba”.

Com atuações marcantes, o brasileiro foi incorporado ao elenco principal do Salzburgo, mas não teve vaga como titular nos anos seguintes. Por isso, foi emprestado em 2019 ao Philadelphia Union e ao Bethlehem Steel, ambos dos EUA.

O goleiro voltou ao Salzburgo após o titular se machucar em um acidente de moto. O brasileiro passou a se revezar no banco até receber uma chance contra o Napoli pela Liga dos Campeões. Ele entrou no segundo tempo no lugar do lesionado Stankovic na derrota por 3 a 2 para os italianos.

“Foi algo que aconteceu muito rapidamente. É a maior competição de clubes do mundo, todos acompanham. Foi uma grande conquista na minha carreira e espero disputar mais jogos pela Liga dos Campeões.”

O brasileiro disputou mais oito partidas nesta temporada, incluindo outros dois duelos pela Liga dos Campeões: vitória por 4 a 1 sobre o Genk e empate em 1 a 1 com o Napoli – ao lado de Erling Haaland, atualmente no Manchester City. Depois de recomeçar a temporada 2020-21 como reserva, Carlos decidiu mudar as coisas e se transferir para o NY Red

Em suas duas temporadas na seleção norte-americana, foi titular absoluto e conseguiu chegar aos playoffs da MLS. O goleiro já enfrentou Messi em partida em outubro do ano passadomas ele não foi o único grande atacante que enfrentou. Teve o prazer de enfrentar grandes atacantes em amistosos contra Liverpool e Real Madrid.

“Contra o Liverpool senti um pouco mais de pressão porque tive o Mané, o Salah e o Firmino no auge depois da conquista da Liga dos Campeões. Foi muito especial. Também joguei contra o Benzema e fiz algumas defesas.

Ele também participou de um amistoso do NY Red Bulls contra o Barcelona, ​​que terminou com derrota por 2 a 0.

“O mais complicado foi o Lewandowski porque ele se posiciona muito bem. Você tenta ler a situação e muitas vezes ele se mexeu bastante.

*Neri Kaspary colaborou

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