Atleta de MS é porta bandeira na final das Paralimpíadas de Paris

Bicampeão paralímpico de canoagem, o atleta sul-mato-grossense Fernando Rufino foi o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos Paris 2024, ao lado da nadadora Carol Santiago.

O evento aconteceu na tarde de ontem (08), após a última prova do Brasil na competição, a prova VL2 200m, disputada no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne. Na ocasião, Fernando ficou em primeiro lugar e levou a medalha de ouro.

A vitória consagrou o atleta como bicampeão paralímpico e colocou o Brasil entre os 5 primeiros do ranking paralímpico, superando a Itália.

Em segundo lugar na prova, o atleta Tofalini, também brasileiro, garantiu a medalha de prata e somou mais uma no quadro de medalhas do país. Foi a primeira vez que houve dobradinha na paracanoagem masculina nos Jogos Paralímpicos

Em outra ocasião, neste mesmo ano, a ‘famosa’ dobradinha se repetiu durante o Mundial de Paracanoagem nos 200m. Fernando conquistou o ouro com o tempo de 50,59s, um pouco à frente do outro brasileiro Igor Tofalini, que marcou 51,20s.

Ontem, em feito histórico, Fernando completou a prova em 50s47, melhor tempo da história dos Jogos, conquistando seu bicampeonato paralímpico (conquistou ouro na mesma prova nos Jogos de Tóquio). Tofalini marcou 51,78 e ficou em segundo lugar, numa emocionante finalização contra o norte-americano Blake Haxton, bronze com o tempo de 51,81.

Brasil

A delegação brasileira bateu recorde de medalhas e conseguiu um feito histórico nas Olimpíadas: com 89 pódios conquistados, o país ficou entre os 5 primeiros na tabela geral de jogos. Além disso, no total, foram 25 medalhas de ouro conquistadas pela seleção brasileira.

Fernando “Cowboy” Rufino

Mais conhecido no estado, Fernando nasceu em Eldorado em 22 de maio de 1985, o que significa que já é um veterano em competições. O atleta de 39 anos começou a vida com o sonho de participar dos famosos rodeios montado em touro, o que lhe rendeu o apelido de “Cowboy de Aço”.

Porém, após ser atropelado por um ônibus, ele perdeu parcialmente o uso das pernas e viu seu futuro na canoagem.

Hoje representa o Clube de Regatas Aquidauana. Além dessa conquista, o “Steel Cowboy”, como é conhecido, coleciona medalhas em outras competições, como:

• Bronze na canoagem no Mundial de Milão (Itália) 2015;
• Ouro no Campeonato Sul-Americano de Canoagem, em Paipa 2017 (Colômbia);
• Bronze em caiaque e prata em canoa no Mundial de Mantemor-o-Velho 2018 (Portugal);
• Ouro em caiaque e canoa no Pan-Americano 2018, em Dartmonth (Canadá);
• Ouro em canoagem no Campeonato Mundial de Copenhague 2021;
• Ouro na canoagem nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020;
• Prata Parapan-Americana em Halifax 2022;
• Prata no Campeonato Mundial em Halifax 2022

(Colaboração de Felipe Machado)