O Brasil conquistou mais nove medalhas nesta quarta-feira, 4, nos Jogos Paralímpicos de Paris. Agora, a delegação soma 57 pódios, sendo 15 ouros, 15 pratas e 27 bronzes. A nadadora pernambucana Carol Santiago conquistou o terceiro ouro nesta edição, além de uma prata no revezamento 4×100 livre – 49 pontos, e alcançou nove pódios na história.
Foi também dia de medalhas inéditas no atletismo com Bartolomeu Chaves, Ariosvaldo Silva, Parré e Quero Brito.
Na estreia no levantamento de peso, a mineira Lara Lima conquistou o bronze na categoria até 41kg.
Atletismo
O velocista maranhense Bartolomeu Chaves garantiu o pódio pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos nesta quarta-feira, 4, nos 400m da classe T37 (paralisia cerebral para caminhantes). Ele conquistou a medalha de prata no Stade de France, sede das provas de atletismo.
“Eu dei tudo que tinha, tudo. Meu joelho ficou inflamado durante a aclimatação, mas com a ajuda da equipe do CPB conseguimos melhorar e correr para conseguir essa medalha. Me senti um pouco reto, senti as pernas pesadas, mas no final deu certo”, disse Bartolomeu.
Ariosvaldo Silva, o Paraibano Parré, conquistou sua primeira medalha nos Jogos Paralímpicos ao levar o bronze nos 100m da classe T53, voltada para atletas que competem em cadeiras de rodas, com o tempo de 15s08. O saudita Abdulrahman Alqurashi ficou com o ouro com o tempo de 14,48, seguido pelo tailandês Pongsakorn Paeyo, que marcou 14,66.
A paulista Verônica Hipólito conquistou o bronze nos 100m da classe T36 (paralisia cerebral) com o tempo de 14s24. O ouro ficou com o chinês Yiting Shi, com o tempo de 13,39, e a neozelandesa Danielle Aitchison ficou com a prata, com o tempo de 13,43. Outra brasileira envolvida na disputa, a baiana Samira Brito, foi desclassificada por saltar na largada.
Wanna Brito, do Amapá, conquistou sua primeira medalha nos Jogos Paralímpicos. Ela ficou com a prata no arremesso de peso F32, voltado para portadores de paralisia cerebral que competem sentados, com marca de 7,89m, novo recorde nas Américas.
O ouro foi para a campeã paralímpica de Tóquio, a ucraniana Anastasiia Moskalenko, com a marca de 8,00m, novo recorde mundial. O bronze ficou com Evgeniia Galaktionova, dos Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), que marcou 7,72 m.
Eliminatórias
Outra brasileira na prova, a paulista Giovanna Boscolo, terminou na 9ª colocação com marca de 5,61m.
Dois brasileiros disputaram as eliminatórias dos 100m da classe T11 (deficiência visual) na manhã desta quarta-feira, 4, no Stade de France. Daniel Mendes, do Espírito Santo, terminou a prova em 11,73, seu melhor tempo da temporada. Felipe Gomes, do Rio de Janeiro, marcou 11s69. Felipe ficou em 13º, enquanto Daniel encerrou sua participação em 14º lugar. Ambos não avançaram para a próxima fase.
O paulista Eduardo Pereira disputou o lançamento de dardo na classe F34 (pacientes com paralisia cerebral). O atleta arremessou 25,12m e terminou na oitava colocação.
A paulista Jéssica Giacomelli completou os 100m na classe T54 (cadeirantes) em 17s08 – seu melhor tempo da temporada. No entanto, ela não avançou para a final. Ela ficou em 11º lugar nas eliminatórias.
Suzana Nahirnei, de Santa Catarina, terminou em quinto lugar no arremesso de peso da classe F46 (deficiência de membro superior). Sua melhor marca foi 11,43m.
Último brasileiro a competir na manhã desta quarta, o capixaba Marcos Vinícius Oliveira correu os 400m da classe T12 (baixa visão) em 50s42 e não avançou para a final.
Clara Daniele do Rio Grande do Norte, Lorraine Aguiar do Espírito Santo e Viviane Ferreira Soares do Rio não se classificaram para a final dos 100m T12 (baixa visão).
*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro.
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