O ano de 2024 seria especial para Cícero Nobre mesmo que não tivesse uma Paraolimpíada pela frente. Ele e Nathália Almeida aguardam o nascimento do primeiro filho do casal. E o pequeno Levi, ainda na barriga da mãe, já tem um presente guardado: a medalha de bronze que o pai conquistou nos Jogos de Paris, na prova de lançamento de dardo da classe F53 (atletas que competem sentados).
“Agora não há mais Cícero ou Nathalia, mas o pai e a mãe de Levi [risos]“, brincou o paraibano, em entrevista à EBC na Casa Brasil Paralímpico, em Saint-Ouen, região metropolitana da capital francesa.
Mesmo ainda não tendo nascido, Levi teve papel importante na conquista de Cícero, conquistada na noite do último sábado (31). Antes e durante a prova, realizada no Stade de France, em Saint-Denis, cidade vizinha a Paris.
“No Dia dos Pais, recebi aquele chaveirozinho da minha esposa [com a foto do ultrassom do filho]. No dia da prova, quando acordei, beijei a foto. E quando minha esposa acordou de manhã no Brasil, ela disse que, de madrugada, ele não parou [de se mexer]que isso nunca tinha acontecido. E na hora do teste falou um companheiro de Cabo Verde, no quarto lançamento [o do bronze]que esse seria para meu filho. Fico até arrepiado”, disse Cícero.
“Nos últimos dois anos e com a chegada do Levi, mudei muito a forma como penso e ajo. Talvez, se fosse há três, quatro anos, eu não teria a mentalidade que tive na minha prova. ele já vem ensinar isso, saber medir as coisas”, acrescentou o atleta, que tem malformações congênitas bilaterais nos pés.
Cícero agora se prepara para adaptar sua rotina de atleta e pai rumo às Paraolimpíadas de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028. E não quer ficar sozinho lá. Nathalia, sua esposa, também é atleta paralímpica e compete no arremesso de peso e no lançamento de dardo. Em 2014, ela teve uma das pernas esmagada em um acidente de carro e teve que amputar a perna esquerda.
“Estamos planejando que, quando ele [Levi] tem seis meses, ela [Nathalia] já viajamos para São Paulo e podemos competir. Ela sonha em entrar para a seleção de atletismo, disputar uma competição importante, como os Jogos Parapan-Americanos, a Copa do Mundo, uma Paraolimpíada. E trabalharemos nesse sentido. Levi estará presente e não atrapalhará nada. Acho que isso só faz sentido”, disse ela.
No lançamento do dardo paralímpico, os atletas que competem sentados utilizam cadeira individual e não conseguem se levantar dela, caso contrário seu lançamento será invalidado. Cícero teve apenas duas de suas seis tentativas consideradas válidas na prova de sábado. O primeiro garantiu o bronze. A segunda o deixou perto da prata.
“O que me deixou um pouco indignado é que participei da Copa do Mundo aqui na França [2023, em Paris]Eu participei da Copa do Mundo de Kobe [Japão]onde fui campeão, arremessando da mesma forma e me segurando da mesma forma na cadeira e nunca tive problema de queimadura. Mas o resultado foi esse, então para a gente ter a sensação de que fomos prejudicados não vai mudar nada. Cabe a nós virar a chave, que agora tem mais um ciclo de quatro anos, virar a chave e treinar forte, como sempre treinamos, para chegar como cheguei aqui ou ainda mais preparado para qualquer adversidade dentro da corrida”, descreveu o Paraíba.
“Já tenho o título mundial, tenho o título Parapan, só falta uma medalha de ouro paralímpica. Já tenho duas medalhas de bronze [a anterior foi em 2021, em Tóquio, no Japão]mas quero o ouro, então vocês podem ter certeza que, em 2028, estando nas Paraolimpíadas, vou lutar por essa medalha como nunca lutei antes”, finalizou.
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