Uma celebração de “todos os corpos” e com uma boa dose de (auto)crítica às insuficientes iniciativas da sociedade para a inclusão das pessoas com deficiência marcam o Cerimônia de Abertura das Paraolimpíadas Paris 2024.
A festa celebrada nesta quarta-feira (28) teve como objetivo refletir e Alexandre Ekman, responsável pela coreografia desta festa, com cerca de 500 artistas, convidou-nos a pensar numa sociedade mais inclusiva.
As Paraolimpíadas de Paris, as primeiras realizadas na cidade, vão até 8 de setembro.
Thomas Jolly, o realizador desta Cerimónia intitulada “Paradoxo”, quis deixar uma marca, transmitir uma mensagem sensível.
E conseguiu: o paradoxo entre uma sociedade que se diz inclusiva, mas continua “cheia de preconceitos em relação às pessoas com deficiência”, uma população que representa 15% da população mundial.
E o paradoxo já apareceu antes mesmo de a festa começar: a Champs-Elysées, avenida mais famosa de Paris, teve que ser coberta com asfalto liso para que cadeirantes pudessem andar sem tremer.
E o governo da região de Île-de-France prometeu “metro para todos”, cujo projeto de acessibilidade para todo o sistema está estimado entre 15 e 20 mil milhões de euros, a ser entregue ao longo de duas décadas.
Cerca de 3% das estações de metro de Paris são acessíveis.
Assim como a Cerimônia de Abertura das Olimpíadas, às margens do Rio Sena, a Cerimônia Paralímpica foi realizada fora do principal estádio de atletismo do evento.
Desta vez, o palco foi Champs-Elyséesonde acontece o desfile de 168 delegações, além da Praça da Concórdia. Sem chuva, grande vilã da comemoração olímpica, esta cerimônia tem clima festivo e bom humor.
O fio condutor de “Paradoxo” é a relação entre dois grupos: a “turma criativa” e a “sociedade rígida”. Esses grupos interagem durante toda a cerimônia, em diversas situações.
Houve exibição de curta-metragem apresentado por Théo Curin, nadador francês que participou dos Jogos Paralímpicos Rio-2016.
Dançarinos da “turma criativa” e da “sociedade rígida” subiram ao palco da Praça da Concórdia ao som do famoso pianista Chilly Gonzales.
Só mais tarde esses grupos começaram a interagir. Foi ao som da artista francesa Christine and The Queens, que apresentou uma nova versão da icónica canção de Édith Piaf, “Non, je neregrette rien”. Os membros da sociedade rigorosa tiraram os óculos. Uma linda mensagem.
O desfile dos panfletos acontece após um show da Patrulha Acrobática Francesa que coloriu o céu de Paris com as cores da bandeira francesa. E a delegação brasileira, vestindo casacos azuis e chapéus amarelos e azuis, recebeu muitos aplausos. Ele comemorou, “alô” e não parou quieto na área reservada.
Após os protocolos oficiais, discursos e juramentos, a chama Paralímpica chegará ao local. O mesmo caldeirão usado nas Olimpíadas brilhará nas Paraolimpíadas e ficará exposto nos Jardins das Tulherias preso a um balão até o dia 8 de setembro.
Brasil nas Paraolimpíadas de 2024
O Brasil pode conquistar suas primeiras medalhas paralímpicas nesta quinta-feira (29).
Se os atletas do país avançarem em todas as possibilidades, serão 14 finalistas na delegação na data inaugural das competições na França.
A modalidade com maior número de atletas com chances de brigar pelo pódio nesta quinta é a natação. Doze nadadores do Brasil entrarão na água na estreia da modalidade.
Onze deles disputarão as eliminatórias na manhã francesa e, caso avancem, chegarão à final no final da tarde e início da noite na Arena La Défense.
Um deles é o mineiro Gabriel Araújo (S2, limitações físico-motoras), escolhido para ser um dos porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura. Gabriel nadará os 100m costas.
Outro nadador que estreia em Paris nesta quinta é o nadador pernambucano Carol Santiago (S12, baixa visão), a brasileira com mais medalhas paralímpicas em Paris-2024. Dono de cinco medalhas nos Jogos Tóquio 2020, o atleta disputará os 100m borboleta.
Além dos doze nadadores, o ciclista goiano Carlos Alberto Soares disputará a prova de perseguição de 3.000m (C1, bicicletas convencionais) e também poderá entrar na briga por uma vaga no pódio.
A gaúcha de taekwondo Maria Eduarda Stumpf, na categoria até 52 kg, também pode chegar à zona de medalhas.
O Brasil estará representado nesta quinta-feira em outras modalidades, mas sem finais na data: badminton, vôlei sentado, tiro com arco, bocha, tênis de mesa e goalball.
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