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As Olimpíadas de Paris chegaram ao fim neste domingo (11). A partir de agora tudo fica no passado quando se fala na edição de 2024 dos Jogos. As lembranças que ficam são de atletas vencedores, sim, mas não só. Além da excelência esportiva e de conquistas inéditas, o legado olímpico eternizou cenas que nos alegrarão por muito tempo.
Confira abaixo algumas das histórias mais notáveis de Paris 2024.
Imane Khelif (boxe)
O boxeador argelino esteve no centro da principal polêmica dos Jogos. Ao derrotar a italiana Alessandra Carini na estreia na categoria até 66 quilos, após rápida desistência da adversária, Khelif foi vítima de uma onda de desinformação nas redes.
Formou-se um discurso de que a argelina, que havia sido desclassificada da Copa do Mundo de boxe de 2023 por, segundo a Associação Internacional de Boxe (IBA, na sigla em inglês), não atender aos “critérios de elegibilidade para participar da competição feminina”, seria uma atleta transexual e que sua participação entre as mulheres seria injusta.
Embora não houvesse informações mais detalhadas sobre quais eram esses critérios, o debate logo foi tomado pela teoria de que Khelif seria mais um caso de uma mulher com níveis elevados de testosterona e que poderia ser portadora de uma condição genética rara que a afetaria. distribuição cromossômica. .
Durante os Jogos, o COI, que se encarregou das competições de boxe nas duas últimas Olimpíadas por não considerar a IBA uma entidade confiável e capaz de realizar a tarefa, afirmou que a boxeadora argelina era, sem dúvida, uma mulher.
Khelif avançou etapa por etapa até emergir com a medalha de ouro na categoria. O peso emocional de tudo o que viveu nos Jogos a levou às lágrimas. Segundo nota divulgada pela assessoria da atleta, ela contratou um escritório de advocacia para representá-la em um caso de assédio virtual apresentado ao Ministério Público de Paris.
Simone Biles (ginástica artística)
A ginasta norte-americana chegou como estrela principal dos Jogos como um todo. Quase uma estrela pop, dada a quantidade de artistas famosos e até estrelas de outros esportes que compareceram às suas competições.
A trajetória profissional de Biles também gerou uma curiosidade natural: após conquistar quatro medalhas de ouro nos Jogos do Rio, ela desistiu de competir no meio das Olimpíadas de Tóquio para cuidar da saúde mental. A volta da ginasta de 27 anos aos palcos olímpicos virou até tema de série da Netflix.
Com todas as câmeras apontadas para ela, Biles não decepcionou: saiu de Paris com três ouros e uma prata.
Rebeca Andrade (ginástica artística)
Quase como num roteiro cinematográfico, se o mundo quisesse ver Simone Biles, a protagonista, o mundo viu Rebeca Andrade, a antagonista – mas certamente a ‘menininha’ dos brasileiros e fãs de ginástica.
A ginasta brasileira não só esteve literalmente em todas as provas em que Biles disputou, mas também competiu frente a frente pelas mesmas medalhas. Além disso, os dois tiveram inúmeros momentos de interação nos bastidores desses duelos.
Mas Rebeca não ficou na sombra do americano. Mais do que mostrou, ela provou ter seu próprio brilho. A medalha de ouro no solo, vencendo Biles, foi um dos destaques da ginástica parisiense e, merecidamente, foi homenageada ao receber a medalha no pódio. Como bônus, Rebeca saltou para o topo da lista dos atletas olímpicos brasileiros.
Em Paris, foram quatro medalhas (uma de ouro, duas de prata e uma de bronze), que, somadas às duas conquistadas em Tóquio, a colocam como a maior medalhista do país em Olimpíadas.
Multicampeã olímpica e mundial, Rebeca também cativou muita gente com seu jeito simples e descontraído de encarar as competições.
Yusuf Dikeç (tiro esportivo)
Provavelmente nenhum atleta teve maior ganho de popularidade devido às Olimpíadas do que Yusuf DikeçAtirador turco de 51 anos. E no caso dele não foi por nenhum recorde ou resultado histórico. Quando conquistou a medalha de prata na prova mista de pistola de ar 10 metros, ao lado de Sevval Ilayda Tarhan, Dikeç não imaginava que sua imagem daria a volta ao mundo por um motivo tão simples.
No tiro esportivo é comum que, além da pistola, os atletas utilizem uma série de equipamentos para melhorar o desempenho, como óculos que melhoram a mira, evitando qualquer tipo de ‘sujeira’ na visão. Eles também usam fones de ouvido com isolamento acústico de primeira classe. Dikeç, porém, foi ‘pego’ competindo usando apenas óculos graduados e pequenos fones de ouvido.
Para completar, ao ser fotografado fotografando com uma das mãos no bolso da calça, ganhou status nas redes sociais como um medalhista ‘casual’, que subiu ao pódio com uma postura elegante e sem precisar de equipamentos sofisticados. Porém, a pose com a mão no bolso para atirar é extremamente comum no esporte, por questões de equilíbrio corporal.
Em pouco tempo, a imagem e a história de Dikeç viralizaram na internet, impulsionadas por torcedores não familiarizados com o esporte. O turco se tornou um ícone global, personagem de diversos memes e inspirou as próprias comemorações dos Jogos de Paris. O saltador com vara sueco Armand Duplantis, por exemplo, comemorou o ouro com um recorde mundial imitando a pose de Dikeç.
Teddy Riner (judô)
O judoca de 35 anos poderia até não ser mais aquele que ficou quase dez anos e 154 lutas invicto no cenário mundial. Mas ele certamente ainda era uma das principais, senão a principal figura do esporte olímpico francês. Tanto que foi, ao lado da velocista Marie-José Perec, o responsável por acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos.
No tatame, Riner também brilhou. Depois de parar nas semifinais e levar o bronze em Tóquio, voltou a ser campeão olímpico na categoria peso pesado (acima de 100 kg), alcançando três medalhas de ouro e duas de bronze nas Olimpíadas.
Porém, a grande lembrança ligada a Teddy Riner nos Jogos de Paris foi na competição por equipes, em que vence primeiro o país que vencer quatro lutas. Na final contra o Japão, os franceses perderam por 3 a 1 e ficaram a um revés de ficar com a prata.
A seleção francesa conseguiu empatar e levar para o desempate, que é definido pelo empate mostrado no telão. Quando foi sorteada a categoria de Teddy Riner, o Campo de Marte, sede do judô, enlouqueceu antes mesmo da luta. No duelo decisivo, Riner justificou a confiança dos franceses, derrotando o japonês Tatsuro Saito por ippon e garantiu mais um ouro para a França, num desfecho apoteótico.
Novak Djokovic (tênis)
Se alguns queriam reviver a glória olímpica, outros queriam senti-la pela primeira vez. O sérvio Novak Djokovic, de 37 anos, maior vencedor de Grand Slam entre os tenistas masculinos, campeão da Copa Davis e jogador com mais semanas na história como número 1 do mundo, não escondeu de ninguém que queria o ouro olímpico mais do que qualquer outra coisa. .
Em Paris, na quadra de Roland Garros, onde um dia chorou ao comemorar o Grand Slam que mais demorou para somar à sua galeria de títulos, Djoko voltou a chorar ao coroar uma semana perfeita com um título na grande final contra o espanhol Carlos Alcaraz, 16 anos mais novo que ele.
Agora, sim, ele pode se autodenominar ‘campeão de tudo’.
Mijain López (luta livre)
Michael Phelps pode ser visto por muitos como o maior atleta olímpico de todos os tempos, mas o recorde individual não pertence a ele. O cubano Mijain López, de 41 anos, conquistou o ouro na luta greco-romana, na categoria até 130 kg e, com isso, alcançou cinco títulos olímpicos consecutivos.
Nenhum atleta esportivo individual conseguiu isso na história. López, que estreou nas Olimpíadas, ficando em quinto lugar em Atenas em 2004, ganhou medalhas de ouro em Pequim, Londres, Rio, Tóquio e agora em Paris.
Na França, ele derrotou adversários mais jovens e conquistou o primeiro lugar antes de uma despedida memorável. López tirou os calçados e os deixou no meio da área de combate, simbolizando sua aposentadoria do esporte.
Cindy Ngamba (boxe)
A partir dos Jogos do Rio, em 2016, o COI introduziu a equipe de refugiados, para dar espaço aos atletas que, por motivos diversos, estão envolvidos em uma das questões geopolíticas mais tensas dos últimos tempos: a população deixando sua terra natal e passando a viver em outra país. Há oito anos, a equipe contava com dez representantes. Em Paris, foram 37. Pela primeira vez, a bandeira da seleção de refugiados apareceu no pódio.
Cindy Ngamba, boxeadora nascida em Camarões, mas que fugiu para o Reino Unido aos 11 anos, conquistou o bronze na categoria até 75 kg. O atleta de 25 anos fez um forte comunicado à ONU:
“Quero dizer aos refugiados de todo o mundo, incluindo aqueles que não são atletas, para continuarem a trabalhar, a acreditarem em si mesmos, vocês podem alcançar tudo o que quiserem”, disse Ngamba.
Julien Alfred (atletismo)
Um dos eventos mais nobres do atletismo também teve uma das melhores histórias. A prova feminina de 100 metros rasos foi vencida por Julien Alfred, velocista de 23 anos que representa Santa Lúcia, uma pequena ilha do Caribe. A primeira medalha da história do país foi o ouro, que Alfred conquistou com o tempo de 10 segundos e 72 centésimos.
Em Paris, Alfred ainda conquistou a segunda medalha, nos 200 metros rasos. Imagens da população de Santa Lúcia comemorando os pódios do atleta também rodaram o mundo. Para se ter uma ideia, o país tem uma área de aproximadamente 539 quilômetros quadrados, mais de dez vezes menor que o Distrito Federal.
Leon Marchand (natação)
O nadador francês Leon Marchand, 22 anos, concluiu os Jogos de Paris como o novo potencial nome olímpico histórico. Em termos frios, o chinês Zhang Yufei, com seis pódios (um de prata e cinco de bronze), foi o maior comedor de medalhas nesta Olimpíada. Porém, Marchand, que vem em seguida com cinco, foi quem causou maior impacto.
O fenômeno caiu na piscina por seis provas e só saiu com medalha no revezamento medley misto 4×100. Nas outras cinco, foram quatro ouros e um bronze. E não só: nos 200 e 400 metros medley, o francês bateu recordes olímpicos que pertenciam a Michael Phelps. O norte-americano, que esteve em Paris, acompanhou e até apoiou o seu possível sucessor.
Ainda muito jovem, Marchand se coloca como candidato ao seleto grupo de atletas com mais de dez medalhas olímpicas, que inclui gigantes como os já citados Phelps e Biles, hegemonias no esporte com muitas medalhas a oferecer. Em Los Angeles, pode afirmar-se como um dos maiores da história.
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