Tatuagem do Marco Zero, ‘Oxe!’ e cuscuz: conheça o francês mais pernambucano das Olimpíadas de Paris

Direto de Paris, França – A bandeira pernambucana está presente nas arenas de Paris e, seja qual for a competição, sempre pode ser vista nas arquibancadas durante os Jogos Olímpicos. Porém, um deles tem uma particularidade. Ou melhor, é carregado por um personagem peculiar: o empresário Patrick Jordan que, embora o nome não seja estranho ao português, é francês.

Patrick é casado com Rosana – pernambucana – há oito anos, com quem tem uma filha de três meses. Em 2019, foi ao estado conhecer a família da esposa, mais precisamente em Janga, no Grande Recife, e se apaixonou.

“Ele só está comigo por causa do CPF”, brincou Rosana. O francês relata que, a princípio, ficou surpreso negativamente com a péssima infraestrutura da cidade, mas que logo se rendeu ao povo pernambucano. “A riqueza está nas pessoasna comida, na praia, sou pernambucano”, disse num português perfeito, que aprendeu com os pais, originários de Portugal.

A viagem marcou tanto a vida de Patrick que ele decidiu fazer uma tatuagem na panturrilha direita em homenagem a duas novas paixões: Pernambuco e o Esporte. “As tatuagens, para mim, são contar uma história importante e aquela viagem foi isso. Por isso resolvi tatuar o Marco Zero, que é um dos lugares mais lindos que já vi, e o leão, né? Porque eu sou Esporte!”, garantiu o francês, influenciado pela esposa.

A ‘pernambucanidade’ de Patrick não para por aí. Rosana tentou entregar logo: “em casa quem faz o cuscuz é ele” e ele, por sua vez, confessou que é a sua especialidade fazer “cuscuz recheado com carne, queijo e até ovos”, disse.

Não foi apenas a dieta de Patrick que ganhou características pernambucanas, mas também o seu vocabulário. Ao ser questionado sobre qual expressão genuinamente pernambucana ele mais conhece, foi enfático: “Oxe! O melhor… o mais pernambucano!”, completou.

Patrick tem um sonho que planeja, junto com Rosana, realizar em 2025. O de conhecer o Galo da Madrugada, símbolo que também compõe a tatuagem. “Acho que é um festival muito rico culturalmente e quero conhecê-lo em breve. Mas também, só de ver o Galo a torcida não é para mim”, explicou.