Fabiana Murer aposta em medalhas para o atletismo brasileiro em Paris

Fabiana Murer sabe bem o que é representar o Brasil nas Olimpíadas. Saltadora com vara, foi campeã mundial e pan-americana e disputou três Olimpíadas. Na tarde desta sexta-feira (26) ela passou pela fanfest no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, para conversar e tirar fotos com o público. E ela apostou no atletismo em Paris.

“Vamos com uma delegação muito grande para Paris, mas é sempre muito difícil. Buscar uma medalha é sempre muito competitivo, mas temos duas grandes chances de medalha”, disse ela hoje, em entrevista à Agência Brasil.

Sua primeira aposta é nos 400 metros com barreiras masculino, com Alison dos Santos, mais conhecido como Piu. “Ele tem muitas chances de medalha de ouro, mas será uma prova muito competitiva, mas acho que ele vai conseguir medalha”, comentou.

Sua outra expectativa positiva é em relação a Caio Bonfim, da caminhada atlética de 20 km. “Ele foi medalhista na Copa do Mundo do ano passado e está muito bem, fez todos os treinos corretamente.”

Uma terceira medalha, segundo ela, poderá ser conquistada no revezamento de caminhada mista, com Caio Bonfim e Viviane Lyra. “Viviane Lyra competiu bem no ano passado, no Mundial, e o Caio nem é citado. Ele está indo muito bem. Então, juntando os dois em uma prova, você também pode ganhar uma medalha”, comentou.

Além da boa expectativa em relação ao desempenho dos atletas brasileiros, Murer disse esperar que muitos recordes sejam quebrados nas provas de atletismo de Paris. “Vejo que vão vir muitos recordes, não só olímpicos, mas acho que vai sair um recorde mundial. Nas competições realizadas este ano já foram quebrados muitos recordes mundiais, como nos 400 metros com barreiras femininos. Sydney McLaughlin-Levrone, uma americana, quebrou um recorde nas provas americanas. E ela vem muito forte, mas tem também uma holandesa, a Femke Bol, que também deu o seu melhor neste ano. E Armand Duplantis, no salto com vara masculino, já quebrou o recorde mundial este ano, saltando 6,24 metros, e tenho certeza que ele vai bater o recorde este ano também nas Olimpíadas”, comentou.

Em entrevista com Agência Brasil, Murer ainda relembrou a sensação de estar nas Olimpíadas. “É sempre emocionante. Estar nas Olimpíadas ou assistir dá aquela sensação de nostalgia, aquela vontade de estar na vila novamente, de sentir aquele friozinho na barriga e toda a expectativa da competição. Mas agora estou aqui apenas torcendo”, disse ele. “As Olimpíadas são muito especiais, são o sonho de qualquer atleta. Era meu sonho quando entrei no esporte. E fui a três Olimpíadas. Então agora é hora de aproveitar cada momento e apoiar nossos atletas.”