De Paris, França – Os franceses são mundialmente conhecidos pela educação refinada, pela culinária de alto nível e até pela maneira elegante de se vestir, mas não é surpresa para ninguém que a receptividade está longe de ser uma de suas melhores virtudes. Sediar uma edição histórica dos Jogos Olímpicos pode ser motivo de orgulho e entusiasmo para muitos em todo o mundo, mas nem todos os parisienses pensam desta forma.
A começar pelo deserto que a região central da capital francesa tem vivido, devido aos muitos bloqueios por conta dos processos de montagem da estrutura e planejamento de segurança para a cerimônia de abertura que acontece nesta sexta-feira (26). Além, é claro, de todos os transtornos que tudo isso causa, como desvio de tráfego de veículos, modificações nas linhas de ônibus, estações de metrô fechadas e barreiras em vários pontos da cidade.
Cenas de policiais portando armas pesadas não são tão incomuns em Paris, especialmente depois dos ataques terroristas de 2015. No entanto, o número é assustador. Em cada esquina é possível ver grupos policiais fortemente armados.
“Não é numa avenida ou num bairro. Mas, em praticamente toda a cidade, o que, embora necessário, não é tão agradável assim”, confessou a corretora imobiliária Eméline Poulin, de 34 anos, pois precisou atravessar a rua em frente ao Museu do Louvre para voltar para casa e teve que viajar quatro vezes mais que o normal.
A Cidade Luz também nunca foi referência de custos baixos, pelo contrário. É um dos mais altos da Europa, mas acolher o maior evento desportivo do planeta fez com que estes números aumentassem significativamente. Para se ter uma ideia, o passe mensal de transporte público, chamado Navigo, até o mês passado era vendido a 40 euros, o equivalente a aproximadamente 240 reais. Agora, durante os jogos, o valor mais que dobrou, sendo vendido a 86 euros, ou seja, mais de 500 reais.
Estima-se que mais de 15 milhões de pessoas visitem Paris durante as Olimpíadas, mas apenas 2 milhões de turistas são de fora do país, o que significa que aproximadamente 86% dos visitantes são franceses. Vinicius Ercoli, 32 anos, curitibano, faz parte dos 14% e visita Paris pela primeira vez na esperança de vivenciar a magia dos Jogos Olímpicos.
“É uma experiência incrível. Sempre tive vontade de visitar Paris, ver a Torre Eiffel de perto e adoro esse clima que só o esporte pode proporcionar. Viver tudo isso junto é surreal”, disse o brasileiro ao sair da Arena Paris Sul 6, após a vitória da seleção brasileira de handebol contra a Espanha.
Assim como Vinicius, muitos outros brasileiros parecem não se importar com o que incomoda os franceses. Ao caminhar pela Avenida de La Bourdonnais, próximo à Torre Eiffel, ecoava um som bem brasileiro. Um grupo de torcedores paulistas executou os mais tradicionais sambas com pandeiro e coqueteleira.
Nesta sexta-feira, quando a pira olímpica for acesa às margens do rio Sena e em frente à Torre Eiffel, a chama poderá ser o combustível necessário para que os parisienses entendam que, sim, depois de uma edição complicada em 2021 com a luta contra a Covid-19, o espírito olímpico está de volta com força total após oito anos.
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