Após diversas reuniões e debates em busca de um novo alinhamento para o futuro político da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), os dirigentes do Conselho Diretivo anunciaram, no final da tarde de ontem (24), a suspensão da assembleia de clubes que deveria decidir sobre o afastamento de Francisco Cezário da gestão da entidade, bem como sobre a destituição dos atuais membros da Presidência e Vice-Presidência Estatutária da federação.
O objetivo do adiamento para 6 de agosto é discutir detalhadamente as importantes alterações propostas para o novo estatuto, pois é necessário mais tempo para o devido alinhamento.
O comunicado, enviado diretamente pelo presidente interino da federação, Estevão Petrallas, esclarece que a reforma do estatuto da entidade não será completa. A base da proposta original será mantida, mas a reforma será ajustada para incorporar contribuições dos membros da federação.
A decisão de adiamento visa garantir uma análise mais aprofundada e uma discussão ampla das alterações ao estatuto, destacando o compromisso com a transparência e a democracia no seio da nova federação.
Em contato com diversos presidentes de clubes, foi noticiado que o empresário e ex-assessor do Vasco da Gama, Júlio Brant, indicado pelo governador Eduardo Riedel para atuar como consultor e auxiliar na comunicação e gestão esportiva entre os clubes e a federação de futebol, está trabalhando com gestores para analisar alguns pontos do novo estatuto. Essas questões serão apresentadas para votação no dia 6 de agosto.
A reportagem do Correio do Estado tentou contato com Júlio Brant e alguns diretores do Conselho Diretivo, mas recebeu a informação de que todos os presidentes de clubes estão envolvidos em reuniões constantes, o que dificultou o contato.
Segundo o texto, entre as dez equipes que disputam o Campeonato Sul-Mato Grosso Série A, apenas o presidente do Operário, Coronel Nelson Antônio, não assinou o edital de convocação que visa destituir a gestão de Francisco Cezário de Oliveira e todos os vices. -presidentes. -presidentes da federação.
Além do Operário, outros dois clubes da Série B, Operário Caarapoense e Misto Esporte Clube, também não assinaram o edital.
Acesse o documento completo neste link
O que será debatido?
As pautas a serem debatidas na assembleia do clube, conforme descritas no edital, incluem a ratificação do quadro associativo da federação. Os dirigentes do Conselho Diretivo enviaram uma lista de membros, mas não obtiveram resposta da federação, presidida pelo gestor interino, Estevão Petrallas.
Outro ponto em análise é a reforma do estatuto da federação. A diretoria composta por André Baird (Costa Rica), Iliê Vidal (Águia Negra), Bosco Delgado (Corumbaense), Gilmar Ribeiro (Portuguesa) e Ítalo Milhomen, representando o futebol amador, fez proposta que também não obteve resposta da FFMS .
O último tema que será alterado na assembleia do clube será a destituição da atual gestão do presidente afastado, Francisco Cezário de Oliveiraque permanece afastado da federação desde 27 de maio.
Segundo o edital, “a decisão não interfere na indicação de Estevão pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “[Ele] deverá permanecer no cargo até o final do prazo assinado pela Portaria”.
Caso todas as propostas sejam aprovadas, os clubes poderão discutir uma nova data de eleição, marcada para 22 de agosto.
Quais são as propostas analisadas?
A reportagem do Correio do Estado teve acesso aos documentos das principais propostas que serão discutidas na assembleia do clube. Segundo os documentos, os pontos a serem abordados incluem o peso dos votos dos associados, o mandato, a reeleição, os critérios de elegibilidade para as eleições, a composição da chapa eleitoral, as regras para eleição do presidente e a contratação de um financeiro independente. diretor.
Atualmente, o mandato é de quatro anos, com possibilidade de reeleição. A nova proposta é manter essa estrutura, mas com alterações no peso dos votos.
De acordo com o edital, o estatuto prevê que os clubes profissionais tenham peso 2 na votação. As equipes que disputassem a Série A do campeonato estadual teriam peso 3 pelo período de cinco anos. Os times da segunda divisão teriam peso 2, enquanto os clubes e ligas amadoras teriam peso 1.
Outro ponto em análise é a obrigatoriedade de presidir a federação, prevista no estatuto. O técnico deve ter atuado como presidente de um clube profissional por pelo menos 3 anos em qualquer time.
O novo estatuto em estudo propõe que o diretor precise ter atuado como presidente de clube profissional por 2 anos, em vez de 3. Além disso, estabelece o impedimento de candidatura a qualquer condenado, seja por infração administrativa ou de outra natureza.
No caso de votações que ocorram secretamente, os líderes gostariam que essas votações fossem abertas e realizadas em ordem alfabética.
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