Folha de Pernambuco visita a Vila Olímpica em Paris antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos

Além das competições propriamente ditas, outra componente essencial para o espírito de Jogos Olímpicos é a Vila dos Atletas, local onde ficam e convivem delegações de mais de 180 países durante o maior evento esportivo do planeta. Em Paris, o Village está localizado na comuna de Saint-Denis, na região metropolitana da capital francesa, com 82 edifícios distribuídos em 330m² e com expectativa de receber mais de 14 mil atletas.

Somente os competidores e funcionários da delegação poderão circular no espaço. Porém, nesta terça-feira (23), as portas das instalações foram abertas à imprensa e a reportagem do Folha Pernambucana fez um passeio pela aldeia. Listamos aqui três pontos que se destacaram durante nossa visita:

Primeiro, a sustentabilidade: os prédios são lindos, modernos, tecnológicos e já destinados ao uso após o término das Olimpíadas e Paralimpíadas. O fluxo de atletas em bicicletas e patinetes é intenso. Alguns carrinhos de golfe são usados ​​para transportar competidores, mas são carros 100% elétricos. O bairro está conectado à rede de refrigeração urbana, sistema que bombeia a água do rio Sena para tubulações subterrâneas, conseguindo reduzir a temperatura em até 6ºC em relação ao ambiente externo.

Em segundo lugar, o convite à interação: a Vila dos Atletas tem de tudo. Praça de alimentação, lojas, supermercado, pontos com telões para assistir às competições, espaços de entretenimento com bares (que servem bebidas não alcoólicas), salas de jogos como videogame, pebolim, mesas de pingue-pongue, entre outros. Um gigantesco restaurante foi construído no meio da vila, onde todos os atletas fazem três refeições por dia.

Bom apetite!

Com base em #TimeBrasil em Saint-Ouen não poderia faltar aquele toque especial da culinária brasileira.

Confira mais sobre a operação realizada para que nossos atletas se sintam ainda mais em casa, com o acolhimento que só o nosso tempero pode proporcionar! … pic.twitter.com/UFDKLmlvRo

— Time Brasil (@timebrasil) 24 de julho de 2024

Por último, mas não menos importante, o prédio do Team Brasil, primeira grande vitória da delegação brasileira, comemorada a plenos pulmões pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

O prédio fica quase em frente ao dos anfitriões e tem localização, segundo o COB, estratégica, pois fica muito próximo do restaurante, pontos de transporte e, principalmente, da saída para Saint-Ouen, onde fica a base operacional e treinamento da equipe.

“Nossas principais prioridades eram estar perto do refeitório e da área de transporte porque é onde os atletas mais frequentam todos os dias. Ao final, somando todas as jornadas, atletas de outras delegações mais distantes podem estar caminhando cerca de cinco ou seis quilômetros por dia. Então escolhemos estrategicamente o local”, explica Joicy Ardies, vice-chefe de missão do Team Brasil.

Dentro das instalações brasileiras há de tudo: academia privativa, salas de fisioterapia e massoterapia, piscina de crioterapia, salas de atendimento médico e espaço para meditação. Além disso, os atletas brasileiros também contam com salas de reunião, vídeo, análise de desempenho e jogos para momentos de descontração. A varanda também tem uma bela vista da Torre Eiffel e de outros pontos turísticos da Cidade Luz.

É talento que você quer? Bem, Stephanie Balduccini tem de sobra! #TimeBrasil #Paris2024 #XP pic.twitter.com/oXLmCpo9zA

— Time Brasil (@timebrasil) 23 de julho de 2024

“Procuramos oferecer aos atletas um ambiente para que eles só se preocupem em treinar, descansar e dar o seu melhor durante a competição. A cada Olimpíada tentamos melhorar a nossa operação e, com certeza, esta é a maior operação do COB nos Jogos Olímpicos, com exceção das Olimpíadas do Rio em 2016”, garantiu Rogério Sampaio, campeão olímpico de judô em 1992, em Barcelona, ​​​​e atual chefe de missão do COB em Paris.

Embora a abertura oficial ocorra apenas na próxima sexta-feira (26), as Olimpíadas de Paris começam, na prática, nesta quarta-feira (24), com o futebol masculino e o rugby, modalidades nas quais o Brasil não conseguiu se classificar.