O futebol brasileiro tem, a partir desta terça-feira (2), data oficial para celebrar aquele que é considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. A Lei nº 14.909, de 1º de julho de 2024, que institui o Dia do Rei Pelé, é publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União.
A lei sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determina o dia 19 de novembro como a data que marca a homenagem ao camisa 10 mais famoso da história do futebol mundial, falecido em dezembro de 2022. Nesse dia, em Em 1969, Pelé marcou seu milésimo gol, na partida entre Santos e Vasco da Gama, no Estádio Jornalista Mário Filho, no Maracanã.
Expectativa para o milésimo
Naquele 19 de novembro de 1969, a expectativa dos mil gols de Pelé era enorme. Torcedores de clubes de futebol brasileiros e internacionais tiveram suas atenções voltadas para o Maracanã. Toda a imprensa brasileira e jornalistas estrangeiros já haviam reservado espaços no estádio para acompanhar de perto o feito inédito de um jogador de futebol atingir a marca dos mil gols. E esse jogador foi Pelé, o Atleta do Século.
A marca de 999 gols foi alcançada dias antes, no amistoso contra o Botafogo da Paraíba, quando o Santos venceu por 3 a 0, no Estádio José Américo de Almeida, em João Pessoa. Mas as expectativas da torcida para que o segundo gol de Pelé no jogo, e milésimo de sua carreira, acontecesse em solo paraibano foram frustradas quando ele assumiu a função de goleiro após a lesão do titular do cargo.
No dia 16 de novembro, um domingo, o time santista voltou a jogar fora de São Paulo. Desta vez, em Salvador, contra o Bahia, no Torneio Roberto Gomes Pedrosa. O jogo terminou empatado em 1 a 1 e Pelé não marcou.
Três dias depois, na noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro, mais de 65 mil pessoas estiveram no Maracanã. Para o momento histórico, todo um esquema foi montado pelas emissoras de televisão, visando cobrir o milésimo gol do Rei do Futebol. Inclusive, foi colocado em ação um plano de segurança para evitar a invasão do gramado.
Finalmente, o gol histórico
O Santos entrou em campo vestindo seu uniforme tradicional, todo branco. O técnico do time foi Antoninho, que selecionou jogadores como Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Clodoaldo, Lima, Edu e o camisa 10, Pelé. O Vasco, treinado por Célio de Souza, tinha no gol o argentino Andrada, a defesa formada por Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; o meio-campo formado por Fernando, Buglê, Benetti; e o ataque com Acelino, Adilson e Danilo Menezes. O árbitro da partida foi Manoel Amaro de Lima.
O Santos começou o jogo dominando o time de São Januário, mas foi o Vasco quem abriu o placar no Maracanã, com Benetti, aos 16 minutos do primeiro tempo. O primeiro tempo terminou com 1 a 0 para o time carioca. Na segunda etapa, o Santos conseguiu empatar aos 10 minutos, com gol contra de Renê. Após o gol, o time santista continuou pressionando o Vasco.
O pênalti veio aos 33 minutos, quando Pelé foi derrubado na área, após receber passe de Clodoaldo. Manoel Amaro não teve dúvidas e apontou a marca do pênalti. Na hora do pênalti, apenas Pelé, o bola e o goleiro Andrada estavam na área, os demais jogadores dos dois times estavam reunidos no meio do campo. Ninguém parecia admitir a possibilidade de desperdiçar essa pena.
O camisa 10 precisou de três passos, parou e com o pé direito colocou a bola em chute rasteiro no canto esquerdo do goleiro. Andrada ainda conseguiu o toque na bola, mas não evitou o grande gol de Pelé, exatamente aos 34 minutos e 12 segundos.
Ao contrário das comemorações anteriores, o Rei do Futebol não deu socos no ar. Ele foi para o fundo do gol e pegou a bola. Nesse momento, os jornalistas que estavam atrás do gol invadiram o campo e levantaram Pelé, colocando-o nos ombros. O nome do craque santista foi ouvido em todo o Maracanã, nos gritos da torcida.
Naquele momento, vestiram uma camisa com o número 1000, com a qual Pelé fez a volta olímpica no Maracanã. Acompanhado pela imprensa e num dos maiores momentos de sua carreira, o maior camisa 10 de todos os tempos não aproveitou os microfones para elogiar suas conquistas ou agradecer a quem o ajudou em sua carreira, como seria de se esperar. Em vez disso, pediu às autoridades que não se esqueçam das crianças, dos pobres e dos idosos.
“Pelo amor de Deus, olhem o Natal das crianças, olhem o Natal dos pobres, dos velhos cegos. Existem tantas instituições de caridade por aí. Pelo amor de Deus, vamos pensar nessas pessoas. Não vamos pensar apenas em festas. Ouça o que estou dizendo. É um apelo, pelo amor de Deus. Muito obrigado”, disse o Rei, encerrando um dos capítulos mais gloriosos do Maracanã, dele mesmo e do futebol brasileiro.
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