Um áudio recente divulgado pela Band News revelou a estratégia utilizada por Nego Di para amenizar denúncias de golpe contra sua loja online, a Tádizuera. Com a repercussão da gravação, a defesa do humorista se pronunciou, para explicar as declarações do ex-BBB.
No áudio em questão, Nego Di revelou que não teria como reembolsar todos os clientes insatisfeitos. Ele então pede ajuda à equipe para realizar “estornos estratégicos”, na tentativa de amenizar comentários negativos na web. Reviva o caso aqui.
Nossa, mais uma prova de que Nego Di era um golpista da internet. A Band divulgou uma gravação em que concordou em devolver dinheiro a 10 vítimas que não receberam produtos comprados dele, e assim abafar as denúncias. Só piora para Nego Di.
pic.twitter.com/K9J1uADLGM– GugaNoblat (@GugaNoblat) 30 de julho de 2024
Questionadas sobre a fala da cliente, as advogadas Tatiana Borsa e Camila Kerschm quebraram o silêncio. Em nota, a defesa confirmou a “tática” para amenizar a polêmica, mas explicou que Nego Di foi motivado pelo medo de retaliações. “Sobre o áudio de Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, a defesa esclarece que seu cliente iniciou o reembolso para pessoas que compraram na loja onde prestou serviços de publicidade. A intenção era, antes, amenizar a situação, depois de uma série de perseguições, pois foi de fácil localização, por se tratar de uma pessoa pública.”eles começaram.
Eles continuaram, alegando que os pedidos vieram até de “falsos compradores”: “Com o surgimento em massa de pessoas que não realizaram nenhuma compra no site em questão, Dilson concentrou seus esforços na identificação de clientes reais. Após tomar conhecimento dos valores necessários para atender os compradores, o cliente vendeu um veículo para iniciar os pagamentos.”.
Por fim, os advogados afirmaram que Nego Di foi vítima da situação. “Fatos como o desconhecimento dos clientes e dos produtos comercializados, bem como toda a narrativa do processo, evidenciam a condição de Nego Di como vítima de um golpe, que resultou em danos irreversíveis à sua imagem no Brasil”ele apontou.
No texto, a dupla ressaltou o descontentamento em divulgar os detalhes do caso contra o influenciador: “Mesmo nessa posição, o influenciador digital, de boa-fé, tentou resolver o problema enquanto estava livre. A defesa lamenta também o constante vazamento de fragmentos do processo, que, quando divulgados isoladamente, aumentam o pré-julgamento de seu cliente”.
Prisão
Nego Di foi preso no dia 14 de julho, em Jurerê, Santa Catarina. Ele segue preso na Penitenciária Estadual de Canoas, no Rio Grande do Sul, após ter seu pedido de revogação da prisão preventiva negado. Além de já responder por peculato desde 2022, o ex-BBB é investigado por lavagem de dinheiro.
A Polícia Civil determinou a prisão preventiva por suspeita de que ele tenha prejudicado seus seguidores no valor de R$ 5 milhões. Na terça-feira (30), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) negou o pedido de liberdade do influenciador. Além dele, seu companheiro, Anderson Bonetti, também foi preso.
Sobre a decisão, a defesa do humorista destacou que “juridicamente, não há fundamento para que os fatos narrados na denúncia mantenham a prisão”. Contudo, a juíza responsável pelo caso, Patrícia Pereira Krebs, destacou que “a defesa não apresentou novos argumentos capazes de afastar os fundamentos considerados pelo Tribunal na sentença de prisão”.
Confira a nota da defesa na íntegra:
“A defesa de Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, lamenta que seu pedido de revogação da prisão preventiva tenha sido negado. Juridicamente, não há fundamento para que os fatos narrados na denúncia mantenham a prisão. Vale ressaltar também que o Juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas não considerou que já houvesse montante elevado pago às supostas vítimas.
São de conhecimento público as ações realizadas por Dilson durante o estado de calamidade pública que assolou o Rio Grande do Sul, bem como suas manifestações relacionadas à inércia do Poder Público nas medidas necessárias para salvar vidas naquele momento. Chama a atenção da defesa a coincidência do início dos procedimentos de investigação de lavagem de dinheiro e o andamento da ação de peculato, iniciada em 2022, com relatório final da autoridade policial em agosto de 2023, mas foi apenas em maio deste ano. ano que o processo solicita relativo à prisão preventiva.
Lamentamos o pré-julgamento e a espetacularização do caso, principalmente dos responsáveis pela condução das investigações. Há também preocupação com os constantes vazamentos de informações sobre o processo que tramita em sigilo, sem que haja uma posição clara do Tribunal a esse respeito, nem qualquer movimento para estancar essas falhas.
A defesa continuará trabalhando e acreditando na justiça, com total confiança na inocência de Dilson e no real esclarecimento dos fatos que cercam as acusações.”
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