Após dar à luz sua primeira filha, Ava, Gabriela Prioli compartilhou o impacto da maternidade em sua vida. Em nova entrevista ao jornal O Globo, a apresentadora revelou detalhes íntimos sobre a depressão pós-parto que enfrentou e as mudanças em sua vida sexual após se tornar mãe.
Na conversa publicada nesta terça-feira (29), Prioli lembrou que voltou ao trabalho apenas 15 dias após o nascimento da filha. Com medo de repetir a história da mãe, que lutava para sustentar dois filhos após a trágica morte do marido, Francisco Della Vedova, ela se jogou no trabalho, o que teria sido uma “armadilha”.
A situação gerou um quadro de esgotamento, que se agravou com a depressão pós-parto. Gabriela foi obrigada a procurar ajuda de um psiquiatra e a usar medicamentos pesados. “[Eu sentia] uma tristeza profunda, incapacidade de ver sentido em qualquer coisa (…) [Voltar ao trabalho 15 dias após o parto é] uma armadilha, certo? Minha experiência de parto foi intensa, o efeito da anestesia foi ruim… Antes, vivenciando a gravidez… eu aparecia dando minha opinião sobre assuntos polêmicos. Quando eu falei que minha filha era um bebê pélvico e ia fazer cesárea… A reação foi violenta… E eu ia dar à luz. Lembro-me de perceber que não era legal quando levantei do sofá, olhei para o Thiago (Mansur, seu companheiro) e disse: ‘Seria melhor fazer uma cesárea de emergência’. Aí pensei: ‘Olha do que estou falando!’. Pedi desculpas à minha filha. Ela estava ficando louca…” confessado.
Segundo Prioli, a maternidade expôs a vulnerabilidade escondida por trás da identidade de uma mulher forte. “Tive Ava em dezembro de 2022. Uma semana antes da eleição, estava no centro da tempestade porque o ex-presidente [Jair Bolsonaro] me postou na timeline dele. Vieram as cobranças: ‘Por que você não está falando disso, daquilo?’. Eu, com uma barriga enorme, mil projetos. Quando parei um pouco no hospital, fiquei tonto: ‘Onde estou? O que está acontecendo? Quem sou eu agora? Eu tive uma garota. Essa responsabilidade de enfrentar essas expectativas em relação às mulheres me atinge com muito mais força. Se antes eu não queria me curvar ao que eles esperavam, a essa docilidade, a essa subserviência, agora… Que mensagem estarei mandando para ela?”disse.
A situação também levantou questões que ela não havia considerado durante a gravidez. “Minha equipe diz: ‘Ela é mais frágil do que você pensa’. É uma defesa, construímos a nossa concha. Toda mulher constrói uma concha com o que tem em mãos. Trabalhar é o que eu sei. Como minha mãe conseguiu superar sua dor? Trabalhando. Não por opção, ela precisava colocar comida na mesa. Venho de uma família pobre. Estávamos desesperados, tentando decidir o que comer no final do mês. Mudei de escola porque precisava de uma bolsa de 100%. Foi um caos. Então, é difícil para mim me permitir não trabalhar. Eu fico com medo, nunca aprendi. E tinha uma coisa que me assustava na gravidez: eu tinha medo de não amar minha filha.”ela revelou.
“Como isso passou pela minha cabeça? Nos sentimos sozinhos e uma pessoa horrível. Na verdade, meu medo não era não gostar dela, mas sim gostar dela. Se eu tivesse sobrevivido à perda do meu pai, não sobreviveria à dela. Quando ela nasceu, me senti vulnerável como nunca imaginei. Se a casca que criei fosse dessa mulher forte, eu me sentiria como um bebê novamente. Pedi colo para minha mãe. Eu falei: ‘Deus, me proteja porque não vou voltar dessa tragédia’”, admitiu Prioli.
A vulnerabilidade não foi a única coisa que mudou com a maternidade. Ainda segundo Gabriela, tanto a depressão pós-parto quanto os medicamentos impactaram sua libido.
Para lidar com isso, ela buscou tratamentos alternativos e contou com o apoio de Thiago Mansur, com quem mantém um relacionamento desde 2016. “Eu tinha acabado de dar à luz, estava no abrigo. Fiquei um tempo tomando os medicamentos fortes e consegui substituí-los pelo canabidiol. Eu ainda uso hoje. Tenho alguns remédios para quando vier uma crise mais forte. Alguns deles matam sua libido, você não sente nada. Hoje tenho condições que poucas mulheres têm. E um parceiro para quem eu possa dizer: ‘Não sou legal’. Posso verbalizar isso para um médico e não sinto que estou falhando como mulher. Não estou me obrigando a fazer algo sem ter coragem de falar sobre minhas dores ou desejos”, detalhado.
Hoje, os dois retomaram a vida íntima – que segundo ela não tem “horário definido”. “Não gosto de marcar. Me lembra de quando eu estava tentando engravidar. Eu pensei que era horrível. Mas continuei voltando… Temos dois cenários de libido, certo? Uma quando é provocada e outra que não depende de provocação. Quando eu voltei para esse lugar, onde você está aí, lavando louça, e de repente você fala: ‘Hum… Vamos, Brasil!’. Ele era! Mas é um processo pós-parto, não é consequência apenas da depressão. Pode ter impacto na libido mesmo sem tomar nenhum medicamento. E a mulher que acabou de ter um filho será solicitada a voltar à sua atuação o mais rápido possível, senão é aquela coisa: ‘Você vai perder o seu marido, né?’ Olha que mundo violento, que coisa horrível!” tomada.
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