Por Tassilo Hummel
PARIS (Reuters) – O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN) ampliou sua liderança em uma pesquisa publicada no último dia de campanha antes do primeiro turno das eleições parlamentares na França no domingo, com outra pesquisa mostrando que o grupo está à frente. de uma estreita maioria.
O partido de Marine Le Pen lidera as pesquisas desde que o presidente Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas neste mês, o que mergulhou a França na incerteza e enervou os vizinhos europeus e os mercados financeiros.
Uma nova pesquisa da OpinionWay, publicada pelo jornal Les Echos nesta sexta-feira, mostrou que o RN pode alcançar até 37% do voto popular, dois pontos percentuais a mais que há uma semana.
O bloco centrista de Macron foi visto atingindo 20%, uma queda de dois pontos em relação ao último lançamento. A aliança de esquerda Nova Frente Popular manteve-se inalterada com 28% dos votos.
A BFM TV, numa sondagem diferente compilada pela Elabe, calculou que o RN e os seus aliados poderiam ganhar 260 a 295 assentos no novo Parlamento – potencialmente quebrando a barreira dos 289 assentos para uma maioria absoluta, o que lhes daria um mandato claro para governar. .
As projeções precisas dos assentos são complicadas porque o resultado depende dos resultados em 577 distritos eleitorais em França. Além disso, após o primeiro turno de domingo, os rivais do RN poderão se unir e retirar candidatos em movimentos táticos para derrotar os candidatos de extrema direita no segundo turno, em 7 de julho.
A perspetiva de um governo liderado pelo RN ou de uma paralisia política no Parlamento preocupou os mercados financeiros, com o prémio de risco dos títulos do governo francês a subir esta sexta-feira para o valor mais elevado desde a crise da zona euro de 2012.
Uma vitória absoluta do RN colocaria o partido numa desconfortável “coabitação” com Macron durante o resto do seu mandato, até 2027.
Embora o RN tenha suavizado algumas das suas posições anti-UE e prometido responsabilidade fiscal, permanecem questões sobre como financiará as suas promessas eleitorais e o que o seu profundo eurocepticismo significará para o futuro da integração na UE.
O partido beneficiou da insatisfação contra Macron, cuja decisão de concorrer à presidência em 2017 à frente de um movimento centrista recém-formado e de base ampla remodelou a política francesa e teve como objetivo combater a ascensão de partidos extremistas.
O seu governo é visto como tendo feito reformas a favor das empresas, mas muitos eleitores franceses acreditam que ignorou as preocupações sobre o aumento do custo de vida e a fragilidade dos serviços públicos.
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