A perda de investimentos no setor energético é uma das preocupações do governo federal diante da greve do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e de outros servidores públicos ligados à preservação ambiental, que começou nesta segunda-feira ( 24 de junho). 2024).
Uma fonte do Ministério de Minas e Energia disse ao Poder360 que vários projetos importantes aguardam licenciamento, como é o caso das linhas de transmissão licitadas na B3 (BVMF:). Os últimos 3 leilões somam cerca de R$ 60 bilhões em investimentos.
Os funcionários públicos da área ambiental entraram em greve no início desta semana, após mais de 6 meses de redução das atividades de campo.
Além do Ibama, o movimento é formado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e pelo Serviço Florestal Brasileiro. É realizado diante do aumento de alertas de queimadas e desmatamento em biomas como o Pantanal e a Floresta Amazônica.
Os trabalhadores pedem que a remuneração das carreiras superiores do Ibama e da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) seja igualitária. O salário final na ANA pode chegar a R$ 22,9 mil, enquanto o do Ibama chega a R$ 15 mil.
As negociações com o Ministério de Gestão e Inovação começaram em outubro de 2023, quando foi aberta uma mesa temporária para tratar do assunto. Até agora, porém, a classe recusou todas as propostas do ministério.
“Gilmarpalooza”
O 12º Fórum de Lisboa, promovido por Gilmar em Portugal, é uma tradição e recebeu o nome de “Gilmarpalooza” – uma junção dos nomes do reitor e do festival de música Lollapalooza que teve origem em Chicago (EUA) e cuja versão brasileira é realizada todos os anos em São Paulo com uma infinidade de bandas de vários lugares.
Anfitrião do evento de Lisboa, Gilmar convidou todos os ministros do STF – que ficaram divididos:
- 5 recusou – André Mendonça, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luiz Fux e Nunes Marques;
- 5 aceitaram – Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Flávio Dino e o presidente do Tribunal, Roberto Barroso.
O programa inicial incluía todos os ministros do STF. O documento oficial com todos os painéis do fórum e seus participantes foi publicado pela Poder360 em 13 de junho. Após a publicação, os organizadores do evento contactaram este jornal digital e afirmaram que se tratava ainda de uma lista preliminar e sujeita a alterações – embora não houvesse reservas no arquivo quanto a esta possibilidade.
Abaixo, os números atualizados do “Gilmarpalooza” – entre parênteses, o número de autoridades de cada esfera de poder que constavam no programa inicial:
- 5 ministros do STF (eram 10);
- 12 ministros do STJ (ainda 12);
- 2 ministros do TCU (eram 7);
- 1 ministro do TSE (eram 5);
- 5 ministros Lula (eram 14);
- 4 governadores de estado (eram 9);
- 5 senadores (eram 8);
- Arthur Lira + 5 deputados (eram 7).
Quem paga
O STF tem declarado repetidamente que não paga os custos de viagens privadas dos ministros, que têm liberdade para aceitar convites para palestras e seminários. Desta vez não está claro se cada autoridade presente no fórum pagará suas próprias despesas ou se os organizadores pagarão pelas passagens, hospedagem e alimentação.
A responsabilidade do Tribunal é pagar pela segurança dos ministros, onde quer que estejam. Mesmo que se desloquem para actividade privada, todos os 11 magistrados têm direito a fazer-se acompanhar por um agente policial.
Barroso havia dito no dia 10 de junho que há “falta de entendimento” com as viagens dos ministros e que eles vivem “isolados”. Ele chamou as críticas a Toffoli, que foi a Londres assistir à final da Liga dos Campeões e levou consigo um segurança – ao custo de R$ 39 mil – de “uma implicação”.
Em 2021, o Poder360 mostrou que os magistrados do STF contavam com 32 seguranças em Brasília, 16 em São Paulo, 4 no Rio e 7 no Paraná. O custo anual foi de R$ 7,9 milhões por ano. Atualmente, porém, os valores não estão claros no site do STF e não se sabe exatamente onde cada ministro estava com seus seguranças.
No Brasil, os ministros da mais alta corte do país não são obrigados a divulgar anualmente relatórios sobre suas atividades privadas, diferentemente do que é feito nos Estados Unidos (entenda este texto).
Os juízes do Supremo Tribunal dos EUA têm sido pressionados sobre a sua relação com o sector privado. Os editoriais dos jornais norte-americanos e a sociedade civil têm criticado a forma como os juízes agem nas atividades privadas. Há um sentimento crescente de que as ações dos juízes podem representar um conflito de interesses.
Quem organiza o fórum
- IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) – fundado por Gilmar, Paulo Gonet Branco (Procurador-Geral da República) e Inocêncio Mártires Coelho (ex-Procurador-Geral da República);
- LPL (Direito Público de Lisboa), da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa;
- Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Poder Judiciário, da FGV (Fundação Getulio Vargas).
O tema do fórum 2024 é “Avanços e retrocessos da globalização e novas fronteiras: transformações jurídicas, políticas, econômicas, socioambientais e digitais”.
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