O dólar volta a subir, acompanhando a tendência externa de valorização da moeda americana e dos rendimentos do Tesouro. Os investidores também olham para a desaceleração do IPCA-15 em junho, de 0,39% ante alta de 0,44% em maio.
O resultado ficou abaixo da mediana da estimativa dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontavam alta de 0,43%. A faixa de estimativas foi de 0,30% a 0,51%.
Com o resultado anunciado nesta quarta-feira, 26, o IPCA-15 acumulou alta de 2,52% no ano. A taxa em 12 meses foi de 4,06%. As projeções, neste caso, variaram de 3,97% a 4,19%, com mediana de 4,10%. Em 12 meses, o aumento foi de 4,06%, ante taxa de 3,70% até maio.
Os ajustes iniciais são ditados pela cautela externa e pela valorização da moeda americana frente a outras moedas fortes e emergentes. O dólar está a valorizar-se, em particular, face ao euro, entre receios de que a extrema direita obtenha ganhos significativos nas eleições legislativas em França, cuja primeira volta está marcada para o fim de semana.
Além disso, o dólar atingiu o seu nível mais alto em relação ao iene desde 1986, sendo negociado a 160,39 ienes. Em nota, a Brown Brothers Harriman (BBH) observa que as divergências entre as taxas de juros continuam a apoiar o dólar, enquanto os mercados continuam atentos à possibilidade de intervenção do Banco do Japão (BoJ) na taxa de câmbio.
Na terça-feira, o secretário-chefe de gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, disse que o governo está monitorando de perto a volatilidade excessiva do iene e tomará medidas apropriadas para enfrentá-la.
No mercado local, as incertezas fiscais e a proximidade da definição da taxa Ptax para o final de junho e do primeiro semestre, na sexta-feira, também podem estar pesando na rolagem dos contratos futuros.
Mais cedo, o Banco Central informou que o estoque total de crédito subiu 0,7% em maio em relação a abril, para R$ 5,954 trilhões.
No início da tarde saem os resultados do Governo Central (14h30), para o qual a expectativa é de déficit primário de R$ 58,10 bilhões em maio, após superávit de R$ 11,082 bilhões em abril, o que poderá reforçar o cautela do governo. mercado com a piora das contas públicas.
A fraca agenda americana traz à tona as vendas de novas casas hoje (11h).
Às 9h27 desta quarta, o dólar à vista subia 0,72%, a R$ 5,4934. O dólar referente a julho ganhou 0,60%, a R$ 5,4925.
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