Ó diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolose reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto nesta terça-feira, 25. Ele é o principal candidato à sucessão do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, em 2025.
A reunião também contou com a presença dos ministros Fernando Haddad (Finança) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além da ministra substituta da Casa Civil, Miriam Belchior. A participação de Galípolo não estava nas agendas oficiais – nem de Lula, nem do diretor do BC.
Segundo pessoas que participaram da conversa, um dos assuntos em cima da mesa foi a meta de inflação. A meta para este ano é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Ou seja, o limite inferior é de 1,5% e o limite superior é de 4,5%. As projeções oficiais do BC são de 4,0% para 2024 e 3,4% para 2025. Atualmente, o foco do BC está no próximo ano para executar a missão de levar a inflação para a meta.
Situação fiscal
Mais cedo, Galípolo disse que a situação fiscal do país não será uma “muleta” para não perseguir a meta de inflação. A afirmação foi feita em transmissão ao vivo da Warren Investimentos, logo após o BC divulgar a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, que terminou com a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,5% ao ano. com unanimidade entre os 9 diretores do BC, incluindo Campos Neto e Galípolo.
Ex-braço direito de Haddad no Tesouro, Galípolo é visto como favorito para a indicação do presidente Lula à presidência do BC no final deste ano. Como assessor de Haddad, teve bom desempenho na coordenação com o Congresso. Mas, no BC há quase um ano, o economista é alvo de constante escrutínio do mercado.
Críticas ao BC
Lula não poupou críticas ao BC de Campos Neto desde o início do terceiro mandato, reclamando dos juros que considera altos demais, prejudicando o crescimento da economia.
Galípolo votou junto com o atual presidente do BC em todas as decisões do Copom, exceto a penúltima, mas nunca foi alvo do petista, até porque, desde agosto do ano passado, o BC vinha reduzindo a taxa básica de juros, a Selic.
Na semana passada, Lula disse que a única coisa “fora de ajuste” no Brasil é o Banco Central e afirmou que “não há explicação para a taxa de juros como ela está”.
Além disso, o presidente disse que o próximo presidente do BC não pode ser alguém que só pensa em controlar a inflação e que tem que ser um nome “maduro” e “endurecido”.
Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Campos Neto deixa o cargo no dia 31 de dezembro em cumprimento à regra de autonomia da instituição, que conferia ao presidente e seus dirigentes mandatos fixos de quatro anos. O Presidente da República tem competência para nomeá-los, mas não pode destituí-los.
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