Para o Bolsas europeias fecharam em baixa nesta terça-feira, 25, especialmente pressionados pelos setores de defesa e aeroespacial, já que as ações da Airbus caíram acentuadamente após a divulgação das projeções da empresa.
Num dia de poucos indicadores e de aparições públicas dos diretores do Banco Central Europeu (BCE), a postura monetária da região ficou em segundo plano, enquanto a política foi observada, com destaque para o processo de definição de posições em Bruxelas.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,29%, aos 517,34 pontos.
A Airbus disse que não cumprirá as suas metas anuais para o ano, incluindo o número de aeronaves comerciais que planeia entregar, depois de a sua equipa de gestão de sistemas espaciais ter identificado novos desafios comerciais e técnicos.
A fabricante de aviões disse que também registrará encargos de cerca de 900 milhões de euros (962,5 milhões de dólares) no primeiro semestre de 2024, após uma extensa revisão de seus programas de sistemas espaciais.
A Airbus espera terminar o ano entregando 770 aeronaves comerciais, abaixo da previsão anterior de 800 entregas de aeronaves comerciais há alguns meses.
Em Paris, as ações da empresa caíram 9,54%, onde o CAC 40 caiu 0,58%, para 8.247,79 pontos. Em Londres, a fabricante de motores para aviões Rolls-Royce Holdings caiu 1,12%, onde o FTSE 100 caiu 0,41% para 8.247,79 pontos.
Em Frankfurt, o DAX caiu 0,89%, para 18.162,53 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,38%, para 33.707,21 pontos. Em Madrid, o Ibex35 caiu 0,48%, para 11.118,90 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,36%, para 6.567,39 pontos.
Vários meios de comunicação informaram que o acordo sobre os principais cargos de liderança na União Europeia foi finalizado. O bloco deverá manter Ursula von der Leyen como presidente da Comissão Europeia, enquanto o português António Costa liderará o Conselho Europeu.
Além disso, a estónia Kaja Kallas foi escolhida como a nova Alta Representante da UE. A discussão entre as partes foi liderada por representantes das três principais famílias políticas europeias, resultando num acordo que será formalizado durante a cimeira de chefes de Estado e de governo em Bruxelas.
Na política francesa, o Rabobank acredita que o resultado mais provável das eleições parlamentares não representaria um risco sistémico para a zona euro, uma vez que a coabitação e a falta de maioria para o Reagrupamento Nacional (RN) levariam a um período de relativa estagnação política.
No entanto, “o perigo seria que o RN e o NFP (coligação de partidos de esquerda) chegassem a acordo sobre algumas questões (como a redução da idade de reforma) que acabariam por exercer pressão ascendente sobre o défice orçamental de França ou causariam uma antecipação de essa situação”, pondera.
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