Pessoas jurídicas que pagaram à vista receberam desconto de até 95% sobre o valor
Com pouco mais de um mês de lançamento, o Desenrola Pequenas Empresas negociou mais de R$ 19 milhões em dívidas no Mato Grosso do Sul. Até o dia 12 de junho, 539 clientes haviam se cadastrado no estado, resultando em 628 contratos assinados no programa. Os números foram apresentados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O programa, que começou a funcionar em maio, já renegociou R$ 1,25 bilhão em todo o país até 12 de junho. No total, cerca de 30,6 mil clientes foram beneficiados pela iniciativa e já renegociaram 39 mil contratos. Pessoas jurídicas que negociaram suas dívidas e pagaram à vista receberam desconto de até 95% sobre o valor.
A iniciativa permite a renegociação de dívidas não pagas até 23 de janeiro deste ano. Podem participar empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. O Desenrola Pequenos Negócios foi desenvolvido pelo governo federal a partir da experiência da Faixa 2 do Desenrola para pessoa física.
“A criação da Desenrola Pequenos Negócios foi um gesto importante. Continuaremos trabalhando para criar formas de fortalecer os pequenos”, afirmou o ministro do Empreendedorismo, Microempresas e Pequenas Empresas, Márcio França.
O ministro também destacou a importância do programa para a economia brasileira. “Acabamos de ver o resultado do PIB [Produto Interno Bruto] do último trimestre, que alcançou crescimento de 0,8% em relação ao ano passado. Isto representa o optimismo económico e a consequência do compromisso do governo em melhorar o ambiente de negócios. É sempre bom lembrar que os micro e pequenos empreendedores contribuem com 30% do PIB.”
Entre as regiões, o Sudeste registrou o maior número de clientes, contratos fechados e volume de recursos negociados. Somados, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo responderam por 14.908 clientes do programa, que foram responsáveis pelo fechamento de 18.859 contratos, com volume negociado de R$ 564,71 milhões. Em seguida estão as regiões Nordeste (6.274 clientes), Sul (4.119), Centro-Oeste (2.935) e Norte (2.066).
ADESÃO
Para aderir ao programa, o microempreendedor ou pequeno empresário deve entrar em contato com a instituição financeira onde possui a dívida. As renegociações podem ser realizadas por meio de canais oficiais de atendimento, como agências, internet ou aplicativos de celular. Cada instituição financeira participante define suas próprias condições e prazos para renegociação.
A Febraban alerta que apenas os bancos cadastrados no programa poderão oferecer condições especiais de renegociação, sendo eles: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil.
O programa também oferece incentivos fiscais para instituições financeiras renegociarem dívidas de pequenas empresas. Os bancos participantes do programa terão direito a um crédito tributário presumido, que poderá ser calculado entre 2025 e 2029. Esse mecanismo permite que as instituições deduzam perdas resultantes de renegociações de impostos futuros, sem gerar custos imediatos para o governo.
Segundo o Ministério da Fazenda, o crédito tributário será calculado com base no menor valor entre o saldo contábil bruto das operações de crédito renegociadas e o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças temporárias. Essas diferenças são despesas ou prejuízos contábeis que ainda não podem ser deduzidos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), mas que poderão ser utilizados como créditos tributários no futuro.
ACREDITAR
Segundo o governo federal, a partir de julho, as empresas lançadas terão acesso a crédito com taxas de juros especiais, para estimular o crescimento e aumentar a produtividade. Trata-se do programa PróCred360, oficializado em abril passado, com a assinatura da MP do programa Acreditar.
Conforme noticiou o Correio do Estado, no dia 24 de abril, Mato Grosso do Sul conta com 333.470 MEIs, microempresas e pequenos negócios que podem ser beneficiados pelo Programa Acreditar. A iniciativa visa criar condições para ampliar o acesso ao crédito, renegociar dívidas e garantir mais apoio a estes setores da economia.
Com previsão de realização de 1,25 milhão de operações de microcrédito até 2026, cada operação está avaliada em cerca de R$ 6 mil, o que injetaria mais de R$ 7,5 bilhões na economia nesse período, segundo projeções do Ministério da Fazenda.
O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse em seu discurso no evento de lançamento que a economia precisa voltar a crescer. “O crédito é a alavanca essencial para o desenvolvimento de qualquer país”, afirmou.
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