Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – As taxas DI com prazos a partir de janeiro de 2026 fecharam em queda nesta terça-feira, mesmo que o movimento global de aversão ao risco, após o Irã lançar mísseis contra Israel, tenha pressionado a curva de juros durante a tarde.
Entre os contratos de curto prazo, as taxas continuaram a valorizar a Selic nos próximos meses, o que ajudou a aliviar parte da pressão sobre os DI mais longos.
No final da tarde, a taxa DI para janeiro de 2025 – que reflete as apostas para a Selic no curtíssimo prazo – estava em 11,012%, praticamente estável frente aos 11,009% do ajuste anterior.
No chamado “núcleo da curva”, a taxa para janeiro de 2026 foi de 12,25%, queda de 7 pontos-base frente ao reajuste de 12,319%. O vencimento para janeiro de 2027 foi de 12,305%, queda de 7 pontos base frente ao reajuste de 12,376%.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 foi de 12,4%, queda de 4 pontos-base ante 12,437%, e o contrato de janeiro de 2033 teve taxa de 12,35%, ante 12,371%.
Ao longo da manhã, as taxas DI apresentaram acomodação, apesar das tensões no Oriente Médio manterem os mercados globais em alerta. Às 11h09 o DI de janeiro de 2027 era de 12,28%, queda de 10 pontos-base em relação ao reajuste do dia anterior, enquanto às 11h44 o DI de janeiro de 2033 era de 12,34%, queda de 3 pontos-base.
O clima piorou no início da tarde, depois que o Irã lançou mísseis contra Israel. O receio de que haja uma escalada no conflito entre israelitas e palestinianos no Médio Oriente, que poderá envolver até nações fora da região, fez com que os preços disparassem, os ganhos acelerassem face a outras moedas e os rendimentos do Tesouro prolongassem os seus mínimos, no meio da procura dos investidores para ativos mais seguros.
No Brasil, isso se refletiu na aceleração do dólar frente ao real e na migração das taxas DI para território positivo.
“O petróleo está em alta e as taxas do Tesouro têm aumentado suas quedas, num movimento de ‘fly to quality’, com a busca por ativos de menor risco”, comentou Luciano Rostagno, estrategista-chefe, durante a tarde. e sócio da EPS Investimentos. “E os países emergentes acabam sofrendo nessas condições.”
Às 14h25, após a notícia do ataque ao Irã, a taxa do DI para janeiro de 2027 atingiu máxima de 12,41%, alta de 3 pontos-base, enquanto o DI para janeiro de 2033 atingiu pico de 12,44%, alta de 7 pontos-base. pontos.
Após o impacto inicial das notícias sobre o ataque, as taxas futuras desaceleraram no Brasil e, até o final da sessão, migraram para negativas em toda a extensão da curva a partir de janeiro de 2026.
Para Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, o sentimento de aversão ao risco foi parcialmente compensado pela perspectiva de que o BC continuará elevando a taxa Selic nos próximos meses.
“No curto prazo devemos continuar vendo o BC subindo um pouco mais os juros, muito provavelmente continuará subindo em 2025, com a nova diretoria”, afirmou Izac. “Essa perspectiva proporciona seguro (em taxas) na extremidade mais longa da curva”, acrescentou.
Na prática, a percepção é que, se a taxa Selic subir um pouco mais agora, o BC não precisará manter a taxa em patamares tão elevados no futuro.
No curto prazo, as taxas apresentaram oscilações mais contidas e continuaram apontando alta de 50 pontos base na Selic em novembro. Hoje a alíquota básica é de 10,75% ao ano.
Perto do fechamento, a curva brasileira precificou 79% de probabilidade de o BC elevar a Selic em 50 pontos-base em sua próxima decisão, contra 21% de chance de uma nova alta de 25 pontos-base. Na segunda-feira os percentuais eram de 74% e 26%, respectivamente.
No exterior, em meio à busca por segurança, às 16h43 o – referência mundial para decisões de investimentos – caía 6 pontos-base, para 3,741%.
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